Cuiabá, 06 de Maio de 2024

CIDADES Sábado, 20 de Fevereiro de 2021, 15:10 - A | A

20 de Fevereiro de 2021, 15h:10 - A | A

CIDADES / MUDANÇA RADICAL

Família troca Cuiabá por Nagoya atrás de dinheiro, trabalho e qualidade de vida: 56h de viagem

Keka Werneck
Única News



Artesã cuiabana Glasy Araújo, de 41 anos, o marido dela, Ericson Kumakura, 40, e a filha Aira, 11, viajaram mais de 56 horas, entre paradas em aeroportos e voos, de Cuiabá a Nagoya, no Japão, para onde se mudaram. Glasy resolveu seguir rota feita por 12 famílias cuiabanas, parentes do esposo que já moram lá há anos, em busca de segurança, saúde, escola e trabalho.

Em Cuiabá, Glasy ganhava a vida fazendo bonequinhos de biscuit personalizados. Bastava enviar a foto que ela esculpia imagem semelhante à de crianças fazendo aniversário para topo de bolo, noivos e outros personagens. No Japão, espera aprimorar a técnica e trabalhar com isso. “Os japas são ninjas na modelagem, aqui são muitos cursos”, diz.

Enquanto não faz clientela, será operária de fábrica, porque não falta este tipo de emprego por lá. “Aqui a maioria das indústrias é de tecnologia de ponta, celulares, computadores, carros e demais eletroeletrônicos, como máquinas fotográficas e tecnologia avançada também na área de inteligência artificial”, explica. Ela ressalta que, mesmo com toda essa modernidade, a tradição cultural é forte e são animadas as festas “folclóricas”.

De descendência japonesa, Glasy fala a língua, mas somente o básico. Aprendeu de uma outra vez que morou no Japão, há 8 anos, mas precisou voltar ao Brasil para passar por uma cirurgia.

Ela agora continua estudando novas palavras e construções, o que não é fácil, porque o japonês vem de raiz diferente do latim, que é berço da língua portuguesa. A filha dela vai para escola japonesa e terá que aprender do zero.

Até se ajeitarem, estão morando na casa da sogra, que vive em Nagoya há mais de 20 anos.

Glasy aportou dia 5 de fevereiro na cidade japonesa, cujo nome significa “pacífico”. Nagoya é uma cidade grande, com 2,2 milhões habitantes, terceira mais rica do país. Tem verões quentes, chegando a 32 graus, e invernos muito frios, com vendavais e temperatura de zero grau. Clima absolutamente diferente de Cuiabá.

Por enquanto, Glasy, o marido e a filha ainda estão se acostumando com o fuso horário, que tem uma diferença de 12 horas. “Ainda sofrendo o fuso horário!! Mas muito felizes com a família reunida! Aqui tem só familiares do meu esposo. Minha sogra mora aqui há uns 23 anos e primos há 25. Tem umas 12 famílias de Cuiabá aqui e alguns colegas daí também! Aqui a qualidade de vida é incomparável”.

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