Cuiabá, 13 de Maio de 2024

COMPORTAMENTO Quinta-feira, 21 de Junho de 2018, 14:03 - A | A

21 de Junho de 2018, 14h:03 - A | A

COMPORTAMENTO / MORAR SOZINHO

A gente tem data de validade para morar sozinho?

Há sinais de alerta que não deveriam passar despercebidos, mas a avaliação é mais difícil em casos de declínio cognitivo leve

Por Mariza Tavares, Rio de Janeiro



sse blog já tratou dos desafios de filhos que levam pais idosos e frágeis para morar com eles, assim como pôs em discussão a falta de opções de moradias para velhos com diferentes graus de independência e autonomia. Como pano de fundo para essas questões há uma pergunta recorrente: até quando é possível morar sozinho? Há muitos sinais de alerta que não deveriam passar despercebidos: em casa, desorganização e sujeira, correspondência acumulada, contas atrasadas, eletrodomésticos quebrados, produtos vencidos na geladeira e nos armários. E o que dizer quando a pessoa se isola, restringindo sua interação social, ou se descuida a ponto de não trocar de roupa ou zelar pela própria higiene?

 

 
Morar sozinho: é importante checar se não há risco para a pessoa idosa (Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=25221123)Morar sozinho: é importante checar se não há risco para a pessoa idosa (Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=25221123)
 
Morar sozinho: é importante checar se não há risco para a pessoa idosa (Foto: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=25221123)
 

Há testes, como a Escala de Katz ou o Questionário Pfeffer, para medir a capacidade de dar conta das atividades diárias, com perguntas sobre se a pessoa é capaz de fazer compras sozinha, cuidar dos medicamentos, lidar com dinheiro e esquentar água para chá ou café e apagar o fogo. No entanto, nem sempre é simples fazer essa avaliação, explicou Ivete Berkenbrock, coordenadora da saúde do idoso da Secretaria de Saúde de Curitiba e uma das palestrantes do XXI Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia: “os idosos utilizam estratégias para se adaptar às dificuldades e limitações e não expressam preocupação com os riscos. Os casos mais difíceis são aqueles de pacientes que têm um declínio cognitivo leve ou estão num estágio inicial de demência, porque essas pessoas mantêm sua autonomia e negam ou minimizam os problemas”. Uma das maiores preocupações da médica geriatra é com as quedas, que podem representar um divisor de águas pelo impacto que representam na saúde: “é um equívoco comum só se preocupar com a queda quando ocorre uma fratura. Há até familiares que comemoram o fato de o idoso ter ossos fortes, mas essa não é a leitura correta. Se ele cai com frequência, é preciso acender a luz vermelha!”.

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