Cuiabá, 14 de Maio de 2024

ECONOMIA Terça-feira, 25 de Junho de 2019, 13:48 - A | A

25 de Junho de 2019, 13h:48 - A | A

ECONOMIA / ECONOMIA

Presidente do BC aponta desaceleração global e trajetória de juro baixo no mundo

Campos Neto comentou os efeitos da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Por Valor Online



O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (25) em evento na sede da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) que a economia global passa por um processo de “revisão para baixo” de seu crescimento.

“O mundo mais recentemente começou a entender que vamos para uma trajetória de juros mais baixos. A pergunta que sempre fica é: o que está acontecendo globalmente?”, acrescentou o chefe da autoridade monetária.

Ao apresentar a agenda “BC#” para uma plateia de dirigentes e executivos de bancos cooperativos e cooperativas de crédito, Campos comentou os efeitos da guerra comercial entre China e Estados Unidos sobre “boa parte do mundo”. A agenda foca em medidas para reduzir burocracia, simplificar e modernizar o sistema financeiro.

No evento sobre crédito cooperativo, o presidente do BC fez um breve panorama do cenário macroeconômico mundial, destacando que a previsão de crescimento para a economia global em 2019 vem caindo: em março era de 3,7% e neste mês de junho foi para 3,3%. E acrescentou que os riscos associados a uma desaceleração da economia global permanecem.

Campos ainda chamou atenção para o fato de que nas últimas três, quatro semanas as curvas de juros longas têm apresentado queda no Brasil. E ressaltou que a missão “número 1” do BC é manter a inflação sob controle. “Estamos com inflação dentro da meta e nível de ancoragem bastante estabelecido”, afirmou.

 

Ele também comentou que um dos canais que continua ainda bastante vivo na economia e tem sido um sinal de alento é o crédito. “O crédito tem demonstrado um crescimento bastante saudável.”

Campos reiterou que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa e admitiu que existe uma “angústia” da população, porque, apesar de a taxa básica de juros estar na mínima histórica, os spreads bancários não caíram na mesma proporção.

O presidente do BC ressaltou ainda o projeto de aumentar a conversibilidade da moeda, que tem várias fases. “Grande parte das leis cambiais foi feita no Brasil entre 1920 e 1960. Tem várias assincronias no sistema que precisam ser revistas”, afirmou. Ele citou ainda outras medidas a Agenda BC#, como o projeto de resolução bancária e mudanças no crédito rural e no imobiliário, com a adoção do home equity, por exemplo.

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