Cuiabá, 07 de Maio de 2024

ESPORTE Segunda-feira, 19 de Julho de 2021, 18:04 - A | A

19 de Julho de 2021, 18h:04 - A | A

ESPORTE / SKATISTA JUVENIL

Rayssa Leal, de 13 anos, se assusta com Vila das Olimpíadas: "Não sabia que era tão grande"

Globo Esporte
Única News | Da Redação



Mais jovem da delegação brasileira, com apenas 13 anos, Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, tomou um susto quando chegou à Vila Olímpica dos Jogos de Tóquio. Tinha uma noção do que eram as Olimpíadas pelo que as pessoas mais chegadas falavam, mas aquilo que viu transcendeu a compreensão.

- Eu pensava que a Olimpíada era menor. Mas na hora que eu cheguei vi muita gente, todos om distanciamento, usando máscaras, se protegendo. Os prédios, as bandeiras de todos os países. Cara, eu não sabia que era tão grande assim. Na verdade, quando a gente está de fora tem a sensação de que é menor, só mais um campeonato. Mas quando se entra tudo é diferente - afirmou a atleta.

Vamos dar um desconto. São as primeiras Olimpíadas de Rayssa. E do esporte no qual ela brilha desde quando era ainda mais novinha, o skate. Cotadíssima ao pódio na modalidade street, a maranhense já foi vice-campeã mundial em 2019 e tem como companheiras outras duas favoritas a medalha: Pâmela Rosa e Leticia Bufoni. As eliminatórias e final serão no dia 26.

Acostumadas a correr o mundo em cima do shape, as três podem formar o primeiro pódio totalmente verde e amarelo na história olímpica. Mas, antes, vão precisar domar o impacto do megaevento.

- Desde lá de casa estava muito empolgada, ansiosa para que esse dia chegasse. Estou muito feliz de ver tantos brasileiros aqui. Tenho treinado bastante e me divertido, o que é o mais importante. Estou muito ansiosa para disputar o campeonato, porque eu sei que vou dar meu melhor lá para que os brasileiros fiquem orgulhosos - disse a caçula.

Por ser ainda uma adolescente, Rayssa requer cuidados específicos. Sua mãe, Lilian, teve autorizada sua vinda a Tóquio para acompanhá-la. Em tese, não pode dormir na vila com a skatista, mas tem aval para visitar a filha nos treinos e em determinados horários do dia. Nada mais justo, dada a pressão que os Jogos Olímpicos impõem.
Rayssa diz que a proximidade da mãe lhe dá segurança.

- Quando preciso de algumas coisas ela está pronta para me ajudar. Saber que terei o suporte dela é ótimo para mim. Então, fico feliz de saber que tudo deu certo, mesmo que ela fique no hotel - comentou.

A ida de parentes para Tóquio, tão restrita devido aos protocolos de enfrentamento à Covid-19, gerou saia-justa para o COB (Comitê Olímpico do Brasil). O surfista Gabriel Medina e sua mulher, Yasmin Brunet, por exemplo, reclamaram publicamente do fato de ela não ter obtido uma credencial.

No caso da skatista, porém, a definição sobre a vinda de Lilian estava acertada havia muito tempo.

A preocupação das duas, no momento, é outra. Evitar uma infecção por Covid-19 - já foram três atletas que testaram positivo dentro da Vila Olímpica. Pela idade, Rayssa ainda não teve tempo de tomar qualquer dose de vacina contra a doença e tem que manter os cuidados ao máximo.

- Pode ter certeza que estou tomando todas as precauções, com máscara e álcool em gel do lado e sempre com distanciamento. Só na hora de comer e se exercitar, no treino, é que vamos poder ficar sem máscara. Mas, enquanto isso, só com máscara e álcool em gel. Por enquanto eu não sei como vai ser, em termos de vacina, no futuro. Estou tentando focar só no campeonato mesmo para dar o meu melhor lá - disse a caçula.

Para tentar livrar a cabeça do duo Vila-medalha, ela tem mergulhado nos passatempos. Um deles, obviamente, é o skate - que não considera profissão. Mesmo com uma orientação de não circular pela vila com o shape, Rayssa tem dado um jeitinho e andado no quarto.

Os outros, coisa bem de jovem mesmo, é jogar videogame com os irmãos, que estão no Brasil, ler e assistir seriados.

- Tento conversar com meus irmãos e jogar com eles. Assisto bastante ao Netflix, estou vendo uma série do meninozinho ["Sweet Tooth"] e estou lendo o livro "Harry Potter - a Câmara Secreta" - entregou.

E engana-se quem pensa que o fenômeno do skate está em Tóquio só para levar uma medalha.

- Eu quero muito um mascote gigantão. Por enquanto, eu só tenho esse pin [da Letônia] - lamentou.

 

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