Cuiabá, 24 de Maio de 2024

GERAL Terça-feira, 07 de Março de 2023, 09:43 - A | A

07 de Março de 2023, 09h:43 - A | A

GERAL / "INVERSÃO DE VALORES?"

Chefe do MP: "Ninguém fala em colocar câmeras no sistema prisional"

Aline Almeida
Única News



Favorável a implantação de câmeras nas fardas, o procurador-geral da Justiça, Deosdete Cruz Júnior afirmou que existem também outras discussões mais urgentes. Uma delas é em relação ao sistema prisional. Deosdete afirmou que deve ser colocado em debate o benefício da visita íntima, que para o procurador funcionariam como uma espécie de “pombo-correio” da criminalidade.

"Por que ninguém fala em colocar câmeras no sistema prisional? Por que ninguém fala em proibir visita íntima? Muitas vezes, essas visitas são pombo-correio da criminalidade. Essa é a indagação que eu faço: será que não está havendo uma inversão de valores?", disse em entrevista ao programa A Notícia de Frente da TV Vila Real.

Sobre as câmeras nas fardas de profissionais de Segurança, Deosdete enfatizou que as filmagens podem trazer benefícios para os agentes, porque os ajudaria a demonstrar a legitimidade da atuação policial. "O policial é desarmado e muitas vezes corre risco de morrer, defende a própria vida e de terceiros, mas a suspeita que recai é sobre a ação dele. Eu não estou dizendo que não existam excessos ou abusos, porém eles precisam ser investigados e processados de maneira adequada".

Projeto

O deputado Wilson Santos (PSD) trava uma batalha para implantar o projeto das câmeras. Em 2021, o deputado apresentou o mesmo projeto; entretanto, o texto sequer chegou ao plenário para votação. O deputado acusou os membros da Comissão de Segurança de ‘segurar’ a proposta, por serem contrários à ideia. À época, a maioria dos membros da Comissão de Segurança era de egressos das forças policiais. E com a mudança de Legislatura, a proposta anterior foi arquivada e Wilson decidiu reapresentá-la neste ano.

Porém, nas primeiras semanas de fevereiro deste ano, dois casos emblemáticos e de repercussão nacional foram registrados em MT. No primeiro, em 5 de fevereiro, Diego Kaliniski (26) foi morto por um policial durante uma abordagem por perturbação do sossego em Vera (461 Km de Cuiabá). Já no dia 12, uma semana depois, Pablo Ferreira de Carvalho (25) também foi morto por policiais durante um surto psicótico, desta vez no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Conforme Wilson, esses dois casos podem ajudar a quebrar a resistência que existe em torno de seu projeto.

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