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Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2019, 17h:12

Wilson promete ensinar Mauro a zerar déficit e torce para que não repita erros de Taques

Marisa Batalha
Da Redação

O deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), disse nesta quinta-feira (10), em conversa com jornalista, na Assembleia Legislativa, que torce para que o governador democrata Mauro Mendes, não repita o erro de seu antecessor, o ex-governador tucano Pedro Taques.

Apontado pelos seus adversários políticos como um gestor que administrou suas ações sempre olhando pelo 'retrovisor'. Acusando ininterruptamente o ex-governador Silval Barbosa (sem partido), por toda os desmandos e dificuldades encontradas no governo, por conta de esquemas e desvios.

A declaração do parlamentar tucano foi dada após o governador Mauro Mendes (DEM), entregar 'formalmente' ao Legislativo, o substitutivo da Lei Orçamentária Anual 2019, que prevê uma redução de R$ 64 milhões nos duodécimos dos Poderes em relação ao ano passado.

Ainda revelou que teria gostado da posição de Mendes que recentemente afirmou que por conta de ter acabado de assumir e ser surpreendido com um rombo nas contas do Estado, não viu outra saída que não fosse denunciar a fenda deixada pelo governo anterior no caixa do Estado. Um déficit em torno de R$ 2 bilhões, além de restos a pagar - que somados - podem chegar a R$ 4 bilhões. Sem falar de armadilhas colocadas em pontos nevrálgicos do governo como forma de desestabilizar seu sucessor. Entretanto, tão logo sejam encontrada alternativas para suprir ou driblar esta situação ele[Mauro] nunca mais ventilará o nome de Pedro Taques. 

'Mauro faz muito bem em colocar um fim, claro, no tempo certo, nas denúncias quanto aos desmandos encontrados no Estado. O certo é deixar de apontar problemas de gestões passadas e começar a executar ações em favor da sociedade, com um olhar para frente. Porque a história diz que quem olha prá tras corre o risco de perder um olho e quem não olha perde os dois, com certeza!'.

Ainda para o tucano - reeleito nesta última eleição - a entrega nesta quinta da LOA, no Parlamento, vai demandar um pouco de tempo, ao lembrar que esta seria a terceira versão encaminhada à Casa de Leis. Pois uma foi encaminhada pelo ex-governador Pedro Taques (PSDB), quando ainda comandava o Palácio Paiaguas, uma outra feita a quatro mãos - por Taques, Mauro e as duas equipes econômicas, no perído da transição -, e agora esta terceira versão entregue na última quarta-feira (09) e formalizada nesta quinta.

'Nos foi entregue um CD e minha equipe no gabinete está esmiuçando a peça orçamentária. Mas são mais de 600 páginas. Assim, preciso observar detalhadamente o conteúdo para então me posicionar. Mas, claro, deverei evidentemente adicionar emendas a ela'.

Mas admite que tanto ele quanto de seus pares estariam bastante disponíveis em apoiar as mudanças propostas pelo governador democrata. E que, particularmente, as achou oportunas e necessárias para o momento vivido por Mato Grosso.

E também que não vê problemas na reforma administrativa como um todo, ainda que seja contra a extinção anunciada pelo governo de algumas das seis empresas públicas. Como a Empaer que durante anos cumpre, com sucesso, suas finalidades. E que talvez ela precise passar por algumas readequações como forma de ser inserida aos novos tempos.

E quanto ao seu posicionamento sobre a questão dos servidores públicos quem tiveram seus salários, RGA e parte do 13º escalonados por Mendes e agora, por meio do Fórum Sindical já ameaçam paralisar as atividades no início de fevereiro, Wilson foi taxativo sobre sua disposição de se reunir com o governador.

O parlamentar quer repassar ao novo chefe do Executivo estadual sua fórmula, quando comandou em 2005, a Prefeitura de Cuiabá.

'Quando fui prefeito de Cuiabá, quitei três folhas de pagamento em atraso em 56 dias. Peguei 14 mil funcionários em 2005, em uma situação mais difícil do que a encontrada por Mauro no governo e em 56 dias paguei todos os funcionários. E vou aproveitar para apresentar ao novo comandante do Paiaguás uma proposta para zerar este rombo orçamentário. Um conjunto de emendas que assegurem ao governador que ele possa encerrar 2019 com déficit zerado'.

Mas indagado sobre como realizaria esta façanha, Wilson sempre bem humorado apenas revelou: calma, vou detalhar para o governador, depois falo para a imprensa.