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Quinta-feira, 27 de Junho de 2019, 17h:35

Homem que matou três de seus filhos, mais o sócio, vai a julgamento

Euziany Teodoro
Única News

Otmar de Oliveira

O empresário Silas Caetano de Farias, acusado de ter mandado matar o sócio dele de uma concessionária de veículos em Cuiabá, vai enfrentar o tribunal do júri no dia 30 de julho, às 13h30.

O crime aconteceu em 2 de fevereiro de 2009, em uma casa no Bairro Jardim Mariana, na capital. A mando de Silas, dois homens não identificados mataram Agnaldo de Oliveira Prado, seu sócio, com diversos disparos de arma de fogo.

Segundo consta nos autos, no dia do crime, um homem não identificado bateu palmas na frente da casa, quando o filho de Agnaldo o atendeu. O homem teria perguntado sobre a vítima e disse que queria comprar um veículo. O adolescente entrou na residência e ligou para o pai, que disse que já estava na garagem de casa atendendo a uma outra pessoa interessada na compra do carro.

Em seguida, o jovem foi até a garagem e viu o pai conversando com essa outra pessoa. Pouco depois, ouviu os disparos e, quando correu para a frente da casa, se deparou com o pai caído no chão.

Apesar de os dois executores do homicídio não terem sido identificados, foi apurado que o mandante do crime era Silas, ex-sócio da vítima.

A morte teria sido encomendada porque Agnaldo sabia que Silas teria participado dos homicídios que vitimaram três de seus próprios filhos e teria revelado o crime ao único filho de Silas que sobreviveu, Jassan Thiago Rosa Jorge. O empresário já foi julgado e condenado pelas mortes dos filhos.

Após o assassinato de Agnaldo, Jassan também foi alvo de tentativa de homicídio, novamente a mando de Silas, conforme a denúncia.

Homicídio dos filhos

Um dos filhos de Silas, Érico Pufal, teria sido morto supostamente a mando do pai como "queima de arquivo", já que ele teria testemunhado outros dois crimes dos quais o empresário era suspeito. Érico foi assassinado a tiros na frente de um restaurante na Avenida Mato Grosso, no dia 12 de maio de 2009, por dois homens em uma motocicleta. Os autores teriam sido contratados por Silas. Érico foi atingido na cabeça e, depois que caiu no chão, levou mais quatro tiros nas costas.

O empresário passou a ser investigado pela morte de Érico e de outros dois filhos ilegítimos.

Ainda no hospital, ao se recuperar dos ferimentos causados pelos disparos de arma de fogo, Jassan contou à polícia, em 2009, como o crime tinha ocorrido e apontou Silas como o responsável pela morte dos três irmãos e do sócio do pai, Agnaldo.

O empresário foi preso em 2011, depois de ele próprio chamar a polícia denunciando que Jassan havia invadido uma chácara dele, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá.

Ao chegar no local, a polícia verificou que havia mandado de prisão em aberto para Silas, desde 2009. Ele ficou cinco meses preso na Penitenciária Central do Estado, na capital, mas conseguiu liberdade porque estaria com a saúde debilitada.

Após a condenação, porém, começou a cumprir pena em regime fechado e depois foi para casa, onde hoje cumpre prisão domiciliar.