Cuiabá, 07 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 08 de Março de 2024, 15:48 - A | A

08 de Março de 2024, 15h:48 - A | A

JUDICIÁRIO / CASO TONI FLOR

Atirador e intermediários de assassinato são condenados a 74 anos de prisão

Empresário foi morto a tiros no bairro Santa Marta em agosto de 2020. Esposa da vítima foi a mandante do crime.

Ari Miranda
Única News



Quatro criminosos envolvidos no assassinato do empresário Toni da Silva Flor foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri, por homicídio qualificado, nesta quinta-feira (7), em Cuiabá. A atuação em plenário foi feita pelo promotor de Justiça Samuel Frungillo e o Conselho de Sentença presidido pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira.

Igor Espínola, o “Andróide”, executor do crime, foi condenado a 22 anos de cadeia. Wellington Honório Albino e Dieliton Mota da Silva, apontados como intermediários da morte do empresário, tiveram pena estabelecida em 18 anos de reclusão. Já a manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva, que também foi apontada como uma das intermediadoras, recebeu pena de 16 anos prisão.

Somadas, as penas do executor e intermediários do crime chegam a 74 anos de prisão, que deverão ser todos cumpridos em regime inicialmente fechado. Além dos réus, também foi julgado pelo crime de falso testemunho Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva, que acabou absolvido das acusações.

Os jurados reconheceram a tese defendida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e entenderam que o crime foi cometido com as qualificadoras “mediante pagamento” e “utilização de recurso que dificultou defesa da vítima”, no julgamento de Igor, Wellington e Dieliton, presos no segundo semestre de 2021.

No caso de Ediane, o Conselho de Sentença entendeu que a manicure agiu sob a qualificadora de “motivo torpe”. A manicure esteve presa entre 27 de agosto e 8 de setembro de 2021.

(Foto: Reprodução/Internet)

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Ana Cláudia tentou dissimular participação no crime fazendo falsos clamores por justiça.

TENTATIVA DE DISSIMULAÇÃO

A mandante do crime, a empresária Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, esposa da vítima, foi a primeira dos envolvidos na morte de Tony Flor a ser julgada e condenada, em outubro de 2022, a 18 anos de reclusão por homicídio qualificado.

Segundo os autos do inquérito que investigou a morte do empresário, Ana Claudia tentou dissimular sua participação na morte do esposo, fazendo falsos clamores de justiça pela morte do marido.

Conforme a denúncia, após o crime, constantemente a mulher ia até a sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Cuiabá, onde sempre cobrava providências da autoridade policial, chegando inclusive a organizar uma carreata denominada “Carreata da Saudade”, para cobrar justiça pela morte de Tony e tentar “encobrir” sua participação no crime.

No entanto, as investigações apontaram a participação da “viúva” na morte do empresário. Segundo apurado pela Polícia Civil, Ana Cláudia pagou a quantia de R$ 60 mil para que seu marido fosse executado.

Atualmente, a acusada cumpre pena em regime fechado na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto “May”, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.

O CRIME

Tony Flor foi executado a tiros as 7h40 do dia 11 de agosto de 2020, no momento em que o empresário estava chegando em uma academia, no bairro Santa Marta, próximo ao Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá.

O atirador estava em frente ao estabelecimento, de cabeça baixa e , quando viu o empresário, perguntou pelo nome dele. Assim que Tony foi responde-lo, o criminoso atirou quatro vezes contra seu alvo.

Mesmo ferido, o homem correu para o interior da academia, onde foi socorrido e encaminhado consciente ao antigo Pronto Socorro Municipal de Cuiabá sendo socorrida e encaminhada para o Pronto Socorro Municipal. Todavia morreu no dia seguinte.

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