Cuiabá, 08 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 22 de Outubro de 2021, 16:51 - A | A

22 de Outubro de 2021, 16h:51 - A | A

JUDICIÁRIO / CONTINUAM PRESOS

Juíza nega medidas cautelares a policiais envolvidos em morte de empresário

Thays Amorim
Única News



A juíza da 1ª Vara Criminal de Sinop (a 598 km de Cuiabá), Rosângela Zacarkim dos Santos, negou conceder medidas cautelares e manteve a prisão dos policiais militares Fábio Fonseca Françoso e Marcelo Cardoso da Costa, acusados de envolvimento na morte do empresário Gilberto de Oliveira, o "Beto Caça e Pesca", de 46 anos. A decisão é da última quarta-feira (20).

Ao converter a prisão em flagrante para preventiva, a magistrada pontuou que as medidas cautelares são "insuficientes e inadequadas", devido à gravidade dos fatos.

"Diante de todo exposto, tenho que as medidas cautelares diversas da prisão, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, revelam-se insuficientes e inadequadas ao presente caso, dada a gravidade dos fatos praticados e a periculosidade de seu suposto autor, o qual, em tese, portava arma de fogo com numeração suprimida, conforme descrito no Boletim de Ocorrência presente nos autos, de modo que, a decretação de sua contrição cautelar é medida de rigor", declarou.

A juíza apontou que existe materialidade do crime e os indícios de autoria, embasando a prisão preventiva. No caso de Fábio, Rosângela enfatizou os antecedentes criminais do policial, com processos judiciais.

"No que tange ao periculum libertatis [garantia da ordem público], no caso em comento, verifico a presença de um dos fundamentos ensejadores da custódia processual, qual seja: garantia da ordem pública, em razão da periculosidade real do agente, constatada a partir do risco de reiteração delitiva verificado mediante os registros criminais anteriores do autuado", declarou.

Nos autos de prisão de Marcelo, a juíza determinou a realização do corpo de delito e apontou que o mandado de prisão foi cumprido de forma regular.

Os policiais foram presos pela Polícia Judiciária Civil (PJC) na quarta, em Guarantã do Norte (a 715 km da Capital).

O crime

O crime, que ocorreu em 25 de maio deste ano, teria sido encomendado pela ex-esposa, o atual namorado e pelo filho de Gilberto por causa da herança e divisão dos bens. Os três foram presos temporariamente e são apontados como mandantes do crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe.

Os policiais suspeitos de estarem envolvidos no caso foram afastados do serviço militar até a conclusão das investigações.

Gilberto Couto foi morto em frente à sua residência, no bairro Jardim Vitória. A vítima apresentava ferimentos de arma de fogo nas costas e cabeça e estava há aproximadamente quatro metros da sua motocicleta, que também estava caída.

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