Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Terça-feira, 16 de Janeiro de 2024, 15:38 - A | A

16 de Janeiro de 2024, 15h:38 - A | A

JUDICIÁRIO / PEDIU PRISÃO DOMICILIAR

STJ mantém preso médium que abusava de mulheres durante rituais

Luiz Antônio foi preso em setembro do ano passado acusado de abusar de mulheres que frequentavam seu centro espírita, em Santo Antonio de Leverger.

Ari Miranda
Única News



Reprodução

LUIZ ANTONIO MÉDIUM SANTO ANTONIO

A ministra-presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura. No detalhe, o médium Luiz Antônio Rodrigo da Silva, preso por abuso sexual em setembro de 2023.

Em decisão assinada nesta segunda-feira (15), a ministra-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Maria Thereza de Assis Moura, negou um pedido de prisão domiciliar ao médium Luiz Antônio Rodrigo da Silva. O homem é acusado de abusar de mulheres que frequentavam o centro espírita “Caboclo 7 Estrelas”, onde o indiciado oferecia tratamentos e dava palestras, em Santo Antônio de Leverger (30 Km de Cuiabá).

Luiz Antônio, que também é advogado, está preso desde o dia 28 de setembro do ano passado. Esta é a segunda prisão do médium, que acabou preso novamente após quebrar medidas cautelares e ser alvo de novas denúncias de estupro, importunação sexual, além de sofrer ameaças.

A primeira prisão do médium aconteceu dias antes, em 5 de setembro de 2023 e, dias depois de sair da prisão por acusações de importunação sexual, o líder espiritual passou a convocar seguidores para novos trabalhos no seu espaço.

A defesa do espírita acredita que tudo não passou de uma “armação” contra Luiz e argumentou que o homem não descumpriu nenhuma regra imposta pela Justiça no momento em que foi solto.

"Não há do que se falar em quebra de medidas cautelares, pois como bem transcrito em todas as medidas cautelares impostas em audiência, nenhuma dela consta a proibição dos trabalhos na Caboclo 7 Estrelas", alegou no pedido de soltura.

No documento, a defesa pede ainda que Luiz cumpra sua pena em prisão domiciliar, com o emprego de medidas, como o uso de tornozeleira eletrônica e o botão do pânico para as vítimas, pedindo ainda que seja vedado o paciente realizar trabalhos espirituais até a sentença judicial.

Contudo, no entendimento da ministra Maria Thereza de Assis, não caberia a ela avaliar no momento o pedido, uma vez que são necessários mais documentos, enfatizando que os acostados no processo são de outra pessoa, não Luiz Antônio.

“Ante o exposto, indefiro liminarmente este habeas corpus”, determinou.

“LAVAGEM” ESPIRITUAL

Segundo as investigações, o médium utilizava a rede social ‘Tik Tok’ para atrair mulheres para sua “tenda religiosa”, com a promessa de tratamentos espirituais e curas emocionais. Contudo, no momento em que ficava a sós com suas vítimas, ele aproveitava para praticar os abusos sexuais, alegando que era o “espírito encarnado” que realizava as condutas.

Conforme denúncias, Luiz aproveitava sessões de "aconselhamento" para abusar sexualmente das mulheres, que ficavam sem roupas, para um suposto ritual de "lavagem" espiritual. Elas eram acariciadas, abraçadas, apertadas, beijadas por Luiz, até que ele ficasse visivelmente excitado.

Em entrevista concedida a uma emissora de TV da capital à época em que as denúncias vieram à tona, o líder espírita disse que as relações que ele tinha com as vítimas eram consensuais e que acredita que as acusações foram planejadas.

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