Cuiabá, 05 de Maio de 2024

POLÍCIA Quarta-feira, 03 de Abril de 2024, 18:06 - A | A

03 de Abril de 2024, 18h:06 - A | A

POLÍCIA / 3 ANOS DEPOIS

Bandido do “Novo Cangaço” é preso por assaltos a bancos no nortão de MT

Criminoso havia sido preso no Pará um mês antes do assalto, considerado um dos mais violentos dos últimos 12 anos em MT

Ari Miranda
Única News



Roni Ferreira de Jesus (32), um dos últimos foragidos de uma operação da Polícia Civil, que investigou dois roubos a cooperativas de crédito em 2021 no norte de MT, na modalidade conhecida como “Novo Cangaço”, foi preso nesta terça-feira (2) em Sinop (500 Km de Cuiabá,  quase três anos após os crimes.

O assaltante foi localizado e preso em uma residência na região do Camping Club de Sinop, em ação coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Sinop e Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Com o bandido, os policiais apreenderam uma espingarda calibre 12 e munições.

Segundo as investigações, o criminoso estava com três mandados de prisão em aberto, sendo dois pela justiça mato-grossense, por seu envolvimento nos assaltos à banco, realizados na cidade de Nova Bandeirantes (996 Km de Cuiabá) em junho de 2021 e a uma mineradora, no norte do estado. Já o terceiro mandado pela Comarca de Novo Progresso, no Pará, onde Roni é investigado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

CRIME VIOLENTO

Os assaltos a bancos na modalidade “Novo Cangaço” ocorreram em junho de 2021, na cidade de Nova Bandeirantes. Um bando, composto por 22 assaltantes fortemente armados, invadiu as duas agências, após planejar por 30 dias o assalto, que foi executado com bastante violência, rendendo vítimas e sitiando a cidade, deixando a população local bastante assustada com a ação.

A investigação da Polícia Civil identificou todos os integrantes do bando, que foi dividido em três grupos para executar o assalto – logística, execução e resgate. Dos 22 envolvidos, nove morreram em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e outros 13 foram indiciados.

Câmeras de segurança dos bancos, do comércio e moradores de Nova Bandeirantes registraram a ação do grupo, que rendeu vítimas e formou um escudo humano para evitar a aproximação da polícia, enquanto outra parte do grupo invadia as cooperativas para roubar os valores.

Durante o assalto, duas vítimas foram atingidas, mas sobreviveram. Na fuga, a quadrilha roubou veículos, além de uma arma de fogo e um colete balístico do vigilante de uma das agências.

(Foto: Reprodução/Câmera de Segurança)

ASSALTO NOVA BANDEIRANTES

Assalto no estilo Novo Cangaço em Nova Bandeirantes (MT).

CRIMINOSO AJUDOU O BANDO

Onze criminosos, entre eles três irmãos, organizaram a logística do assalto. A maior parte do bando veio da região nordeste do País e chegou a Alta Floresta em maio de 2021, onde foi montada a base de planejamento da ação criminosa.

Natural de Alta Floresta, Roni Ferreira foi um dos cooptados pela quadrilha por conhecer a região e deu suporte na identificação de locais de pouso e alimentação.
A investigação da GCCO apontou que o esconderijo do grupo foi montado em uma área a 46 km da cidade de Nova Bandeirantes e eles tentaram confundir os policiais, roubando veículos e os queimando em um ponto diferente.

Para resgatar e esconder os assaltantes, o grupo de sete criminosos escolheu um local de mata fechada, em Nova Bandeirantes, onde guardaram alimentos, água e acessórios para que pudessem se esconder.

ASSALTO A MINERADORA E FUGA DA CADEIA

Roni Ferreira também foi investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso pelo roubo a uma mineradora na cidade de Paranaíta, em abril de 2021.

Na ocasião, um grupo armado chegou em uma S10 à mineradora e anunciou o assalto, rendendo o vigilante da empresa. Os assaltantes foram direto ao escritório da mineradora, arrombaram uma porta e entraram em outra sala, chamada ‘casa do ouro’, de onde levaram uma caixa d’água com produtos extraídos. O grupo usava armas pesadas e coletes e na fuga espancou um vigia do local. A camionete usada foi encontrada em uma barricada na MT-206, incendiada.

Em maio de 2022, Roni foi detido na cidade de Novo Progresso, no Pará, por envolvimento em um roubo a um garimpo da região. Usando um nome falso, de Maikon Mota Muniz, ele foi detido com outros dois comparsas pela PM. Um mês depois, os três acabaram fugindo da cadeia pública da cidade, após serrarem a grade da cela.

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