Ari Miranda
Única News
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá vai investigar se o empresário Gersino Rosa dos Santos (43), o “Nenê Games”, comerciante morto a tiros no Shopping Popular de Cuiabá, teve participação na morte de Girlei Silva da Silva (31), filho de Jocilene Barreiro da Silva (60) e irmão de Wanderley Barreiro da Silva (31), mandantes da morte do comerciante, em novembro do ano passado.
De acordo com o delegado Nilson Farias, responsável pelas investigações do caso, a morte de Girlei ocorreu 14 dias antes da morte de “Nenê”, no bairro Santa Laura, região sul da capital.
“Maranhão”, como Girlei era conhecido, teria comprado um celular na banca de Nenê, que atuava há mais de 20 anos no Shopping Popular. Porém, o aparelho apresentou defeito e, ao cobrar a troca da mercadoria, houve um forte desentendimento entre o cliente e o lojista - motivo que levou Jocilene e o filho dela, Wanderley, a vingarem a morte do parente, por acreditaram piamente que tenha sido Gersino o mandante do crime.
Conforme o delegado, com a nova descoberta, o comerciante, que morreu com um disparo de pistola 9mm no dia 23 de novembro de 2023, passa também a ser investigado pela morte de “Maranhão”.
“A investigação do caso do Girlei está correndo aqui na Delegacia de Homicídios e até o momento não tínhamos o Nenê, que foi a vítima [do Shopping Popular] como suspeito. Agora também vamos trabalhar nesse outro homicídio, pra saber se foi [o Gersino que matou] ou não, porque a princípio pode ser que nem tenha sido ele”, disse Nilson Farias.
(Foto: Ari Miranda/Única News)
Ao centro, os mandantes do crime no Shopping Popular de Cuiabá, Jocilene e Wanderley Barreiro.
Jocilene e Wanderley Barreiro, mandantes do homicídio no Shopping Popular, foram recambiados para Cuiabá nesta quinta-feira (4), após serem presos na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde foram presos em uma ação conjunta entre as Polícias Civil de MT e MS.
Conforme Nilson Farias, mãe e filho pertencem a uma família de ciganos, motivo pelo qual não mantinham moradia fixa, mudando de Cuiabá para a capital sul-mato-grossense logo após a morte do filho e irmão deles. Além disso, o delegado ressaltou que foi em uma dessas 'andanças' que eles conheceram o executor do crime, Silvio Junior Peixoto (26), preso na cidade de Uberlândia no dia 25 de março deste ano.
Conforme apurado pela DHPP, Silvio foi contratado por mãe e filho pelo valor de R$ 10 mil para matar “Nenê Games”. No ato da prisão, o atirador confessou o crime e disse que só aceitou a proposta de Jocilene e Wanderley, por precisar muito do dinheiro, pois estava com muitas dívidas.
“Eles [Jocilene e Wanderley] transitam por vários lugares e em vários estados. Então, eles conheceram o Silvio de lá [de Uberlândia]. Ele [então] fez uma viagem de Uberlândia para Campo Grande e, de Campo Grande, vieram os três [para Cuiabá], a mãe, o filho e o contratado para executar [o comerciante]”, ressaltou.
“Segundo foi investigado, a mãe estava muito ansiosa para que acontecesse isso [a morte do “Nenê”], para ver dar um acalento ao seu coração pela perda do filho. Porém, não é assim que se resolve as coisas, né? As leis existem para ser seguidas e, nesse caso específico, eles quiseram fazer justiça com as próprias mãos”, pontuou.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!
