Marcella Magalhães
Única News
O delegado Clayton Queiroz Moura, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (DEDDICA), falou na tarde desta quarta-feira (16) ao Única News sobre o caso da adolescente de 14 anos, que denunciou ter sido estuprada por homens na Praça Rachid Jaudy, em Cuiabá, no dia 08 de fevereiro. O delegado concluiu as investigações e afirmou que “absolutamente” não ocorreu o suposto estupro da forma que a adolescente narrou, ou seja, ela mentiu no boletim de ocorrência.
Clayton disse que o caso foi registrado na Delegacia da Mulher, onde uma adolescente teria sido vítima de estupro, na praça Rachid Jaudy, e tão logo após o registro da ocorrência foi feita começaram as investigações e o levantamento para saber quem seriam os possíveis suspeitos, já que ocorreu em local público, em plena praça do centro de Cuiabá. Com os levantamentos iniciais baseados no que a vítima narrou, tanto em entrevista e de outros modos, conforme o delegado, a equipe começou investigando direto no local e nas câmeras de segurança na região.
“A polícia chegou à conclusão, após percorrido o percurso do modo que ela disse, que nem por imagens das câmeras da região e nem pelas entrevistas realizadas no local, que ninguém teria visto nada do que a adolescente tinha narrado”, afirmou o delegado.
O oficial ainda citou que ao continuar o levantamento para tirar os apontamentos, foi confirmado que ela teria saído do centro de Cuiabá por volta das 15h30, naquele dia.
“Fazendo o levantamento para saber quem teria seguido e procurando o suspeito, descobrimos que ela não teria passado por ali e aprofundando mais a investigação, descobrimos que ela foi para região do Coxipó neste horário. Ela foi violentada? Da forma que ela narra, absolutamente não ocorreu, agora se ela foi violentada, ela vai ter que fornecer elemento, porque na praça Rachid Jaudy ela não foi”, afirmou Moura.
Ao ser questionado sobre o que pode ocorrer com a adolescente se ela mentiu sobre o suposto estupro, o delegado respondeu que assim que procedimento for finalizado vai ser encaminhado aos órgãos competentes e também a Delegacia Especializada do Adolescente - DEA, que vai investigar o fato da menina ter levado ao conhecimento de um crime que não ocorreu, podendo ser inclusive instaurado um procedimento por denunciação caluniosa, “mas isso fica a par da DEA, do Ministério Público (MPMT) e da juíza da vara da Infância e Juventude da Capital”.
O delegado concluiu frisando que todo procedimento daqui para frente não terá mais nenhuma vinculação com o que ocorreu na praça Rachid Jaudy, no dia 08 de fevereiro, no período da tarde.
LEIA MAIS: Menor de 14 anos denuncia ter sido estuprada na praça Rachid Jaudy, no centro de Cuiabá
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!
