Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 13 de Julho de 2018, 10:55 - A | A

13 de Julho de 2018, 10h:55 - A | A

POLÍCIA / PLÁSTICA PARA TODOS

Este ano já são 3 mulheres com sérias complicações em cirurgias realizadas no Hospital Militar

Claryssa Amorim



(Foto: reprodução)

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Duas mulheres que realizaram cirurgia pelo programa “Plástica para Todos” este mês, que já foi denunciado pela morte da Daniele Bueno, em maio deste ano, estão em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Militar de Cuiabá. De acordo com o diretor do hospital, coronel Kleber Duarte, a unidade não tem responsabilidade sobre o caso.

 

Os casos das pacientes foram denunciados pela Sociedade Matogrossense de Anestesiologia (Soma), por complicações após os procedimentos.

 

 

Em texto encaminhado à imprensa, a sociedade informa que tomou conhecimento dos casos de complicação em pacientes que fizeram parte do programa na capital. Lembrou ainda o caso de Daniele, destacando que a entidade já provocou o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM) e o Ministério Público do Estado (MPE), para que apurem os fatos e responsabilizem os envolvidos “nas esferas ética, civil e criminal”.

 

De acordo com o secretário da Soma, Felipe Audi, o alerta faz parte do dever ético e civil da entidade em zelar pela boa prática da medicina e anestesiologia em Mato Grosso. Ainda segundo ele, a Soma se colocou à disposição e está colaborando e servindo de apoio técnico às autoridades para que a situação se torne clara e que os responsáveis sejam apontados e responsabilizados.

 

Segundo o programa, a primeira complicação ocorreu há cerca de 10 dias, após um procedimento de lipoescultura. Informou ainda que em seguida foi encaminhada para a Santa Casa e já recebeu alta.

 

Já a segunda paciente, teve agravamento esta semana, quando já teria recebido alta, após cirurgia bariátrica. A mulher teve sangramentos de vasos, o que, segundo o programa, é uma “condição esperada para o tipo de cirurgia”. Ela procurou o atendimento do Hospital São Mateus e que está sendo acompanhada pela equipe médica.

 

O diretor do Hospital Militar, informou que a unidade apenas fornece, em forma aluguel para o programa, sendo o local, equipamentos e a equipe médica. Informou ainda que caso tenha acontecido algum agravamento no quadro das pacientes, deve ser consultado com o Plástica para Todos.

 

 

“As pacientes já estavam em alta e mesmo se não estivesse, não é da nossa responsabilidade o agravamento de uma cirurgia, pois é feita totalmente pelo programa”, destacou.

 

O site Única News tentou entrar em contato com o Hospital São Mateus e Santa Casa, porém, não obtivemos resposta.

 

 

Outro caso

 

No dia 11 de maio, Daniele Bueno, de 33 anos, fez uma postagem em um grupo de mamoplastia no Facebook dizendo que iria operar pelo Programa Plástica para Todos. Ela passou por cirurgias de lipoescultura e mamoplastia, no mesmo dia da publicação pelo custo de R$ 7 mil.

 

Ela apresentou complicações pós cirúrgico e foi encaminhada para o Hospital Sotrauma, pois o Hospital Militar não possui Unidade de Terapia Itensiva (UTI). 

 

O corpo de Daniele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde foram feitos exames para apurar a causa da morte. A família registrou uma denúncia na Polícia Civil. Segundo a polícia, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar as circunstâncias da morte de Daniele, sob a responsabilidade da delegada Juliana Palhares.

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