Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 04 de Maio de 2022, 10:32 - A | A

04 de Maio de 2022, 10h:32 - A | A

POLÍTICA / ARTICULAÇÃO COM DEPUTADOS

Empresa com projetos de hidrelétricas no Rio Cuiabá tentou marcar reunião na AL contra votação

Thays Amorim
Única News



A empresa Maturati Participações, que possui um projeto para implantação de seis hidrelétricas no Rio Cuiabá, buscou o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (UB), para se articular contra a votação do Projeto de Lei nº 957/2019, que proíbe a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na extensão do rio. Contudo, a reunião com os parlamentares não ocorreu.

“A empresa gostaria, pediu para mim, eu não marquei isso. Eles queriam que marcasse uma reunião com os deputados para mostrar a tecnologia, para mostrar que isso não iria impactar no meio ambiente. Possivelmente, eles devem ter procurado os deputados individualmente para mostrar esse projeto. Eu não estou sabendo, para mim, não mostraram”, pontuou.

A proposta, do deputado estadual Wilson Santos (PSD) e de coautoria de Botelho, será votada na sessão ordinária desta quarta-feira (04). A orientação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) é contra o projeto.

“Não sei se [o Governo] está fazendo gestão com os deputados aqui ou não. Eu sei que favorável não é, acha que isso não é competência da Assembleia, que é inconstitucional, mas o projeto está aí e vai ser votado. Esse é o posicionamento do Governo, da Sema, que esse é um rio nacional, então não caberia à Assembleia fazer esse projeto”, enfatizou.

Ao ser questionado se a Casa de Leis estaria disposta a fazer um enfrentamento ao Executivo, Botelho minimizou a situação e pontuou apenas que está colocando a medida em votação. “O entendimento se é legal ou não vai acabar desaguando na Justiça, evidentemente se aprovado for. Eu sou a favor do projeto para a proibição”.

A proposta de Wilson considera que as hidrelétricas causam um grande impacto ambiental e social, causando problemas ao meio ambiente. De acordo com o parlamentar, os impactos atingem ainda as populações ribeirinhas e indígenas, algumas que vivem na região há muitos anos, e que são obrigadas a se mudar.

Veja aqui o projeto na íntegra.

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