Cuiabá, 05 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 22 de Março de 2022, 11:34 - A | A

22 de Março de 2022, 11h:34 - A | A

POLÍTICA / PGE ANALISA CASO

Governador minimiza BRT nas mãos de empresa alvo da Lava Jato: "sem achismos"

Abraão Ribeiro
Única News



O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), minimizou o fato da construtora Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A, líder do consórcio vencedor para executar as obras do BRT (ônibus de trânsito rápido) na Grande Cuiabá, ter sido alvo no passado da Operação Lava Jato, que apurou escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras. Mendes “jogou a responsabilidade” no colo da Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso (PGE/MT), que está avaliando se existe algum problema que impeça a participação da empresa alvo da Lava Jato na construção do BRT em MT.

“Olha, quem tem que avaliar isso não sou eu, quem tem que avaliar isso é a Procuradoria do Estado, que são contratados e pagos para isso, para analisar todos os aspectos jurídicos e dizer se tem algum problema. Se tiver, eles vão escrever lá, se não tiver, eles também vão escrever lá”, minimizou o gestor estadual nesta segunda-feira (21), durante o início das obras de recuperação asfáltica em Várzea Grande.

O Governo de Mato Grosso realizou a licitação, na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi) - nessa modalidade, a empresa vencedora será responsável pela elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, de desapropriação, obtenção de licenças, outorgas, aprovações e execução das obras de implantação do corredor do BRT -, para a contratação de empresa para a realização das obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande, no dia 17 de março. O vencedor do certame foi o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela empresa Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A, com proposta sob o valor de R$ 468.031.500,00.

Enrolada nos tempos da Operação Lava Jato e reestruturada em 2016, a Nova Engevix teve prazo de um dia útil para apresentar a documentação comprobatória exigida pelo edital.

Ontem, diante dos jornalistas, Mauro foi evasivo e apenas disse que não se pode ficar no “achismo” sobre o assunto. Indagado se o fato da empresa ter sido alvo da Lava Jato não compromete o processo do BRT, o governador disse que não, e voltou a afirmar que vai aguardar parecer da PGE.

“Não, eu acho que não [comprometer o processo]. Isso não pode ser um achismo no meu, nem seu, e nem de ninguém. Tem que ser a luz da legislação brasileira. Não pode ser ‘eu acho, eu acho’, porque daí vira um samba de crioulo doido. Eu acho uma coisa, o outro acho outra, e nada vai para lugar nenhum. O quê que diz a legislação? Se tiver algo que impeça que empresário A, B, C, D, E participar, a Procuradoria vai escrever isso lá e isso terá que ser respeitado”, finalizou MM.

Acordo após a Lava Jato

Foto: Divulgação

Nova Engevix

Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A

O antigo Grupo Engevix mudou de nome após ser alvo da força-tarefa, operando desde então sob a empresa Nova Participações. O sócio majoritário da empresa, José Antunes Sobrinho, chegou a firmar acordo de delação premiada em 2018, sendo um dos pivôs da prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Já repaginada, a construtora foi autorizada a fechar novamente contratos com o poder público após fechar um acordo de leniência com a Advocacia-Geral da União (AGU) e com a Controladoria-Geral da União (CGU), no qual concordou em pagar R$ 516 milhões.

A obra

No valor da obra também estão inclusas as construções de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande. Será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, uma nova ponte sobre o Rio Coxipó, a criação de um parque linear na Avenida do CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito.

Segundo o Governo, será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, uma nova ponte sobre o Rio Coxipó, a criação de um parque linear na Avenida do CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito.

Foto: Secom-MT

BRT

 

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