Da Redação
(Foto: Divulgação)
Alguns parlamentares que têm pendências judiciais ou estão ligados à alguma operação por desvio de dinheiro têm passado, nestas eleições, por alguns bons constrangimentos.
Um deles é o candidato à reeleição por uma cadeira na Câmara Federal, Ezequiel Fonseca, presidente do diretório do PP em Mato Grosso. Neste domingo (23), em Cáceres (250 km distante de Cuiabá), o deputado federal - ao lado do colega de Congresso, que busca uma das duas vagas ao Senado -, Adilton Sachetti (PRB), foi hostilizado em um evento, um debate aberto em espaço público.
Lembrando da gravação onde Ezequiel aparece colocando maços de dinheiro dentro de caixa de papelão, em suposto mensalinho denunciado por Sílvio Corrêa, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, que também fez delação premiada, aceita pelo Supremo Tribunal Federal, após homologação na Procuradoria Geral da República, um dos participantes que assistiam o bate-papo com Adilton gritou na chegada de Fonseca - em 'alto e bom som' -, 'vai embora caixa de papelão, ladrão. Cria vergonha na cara. Vai cair a caixa. Vai embora ladrão"
Para piorar a situação, as frases foram avalizadas por populares que igualmente estavam no evento.
Sachetti até tentou 'colocar panos quentes', ao responder para o eleitor revoltado que o pleito e a disputa nas urnas realizam um debate democrático, assim seria necessário que as pessoas pudessem respeitar quem coloca seu nome à disposição. "Você tem o direito de manifestar nas urnas, vamos voltar ao debate que estamos realizando".
Mas ao visto não adiantou, aliás, piorou, já que outras vozes se uniram ao do eleitor na resposta de Sachetti, lembrando ao parlamentar de que aquele espaço era público. 'Podemos ficar indignados sim neste espaço, pois ele é público'.
Mesmo com o constrangimento, Ezequiel participou do ato. Ele é candidato a reeleição.
Em nota nesta segunda-feira (24) o parlamentar repudiou o ato, revelando que a manifestação foi uma ação orquestrada. 'Um fato isolado e executado por um grupo de pessoas que tinham a clara intenção de me constranger'.
Lei a nota na íntegra
NOTA À IMPRENSA
Não tenho preguiça, nem medo do trabalho e muito menos medo dos covardes. Essa manifestação trata-se de clara ação orquestrada, um fato isolado e executado por um grupo de pessoas que tinham a clara intenção de constranger.
E é por este motivo que não vou entrar no jogo sujo. Minha resposta é continuar a campanha com a cabeça erguida e a certeza de que trabalhei muito por Mato Grosso.
Nos últimos 4 anos eu trouxe em emendas e ações mais de 370 milhões para esse estado. E é o que continuarei fazendo. Em relação ao vídeo, eu espero a Justiça para me defender.
Sigo aguardando ser chamado pelas autoridades para demonstrar, de forma cabal e inequívoca, que o delator – condenado por corrupção – mentiu aos procuradores em troca de escapar de um tempo maior de prisão.
A tranquilidade é respaldada pelas recentes decisões judiciais, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto na Justiça Eleitoral, que me inocentaram de duas acusações, comprovando que nada fiz de ilícito.
CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL
EZEQUIEL FONSECA (PP)Veja o vídeo:
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