Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 16 de Novembro de 2018, 20:30 - A | A

16 de Novembro de 2018, 20h:30 - A | A

POLÍTICA / FIM DE BENEFÍCIOS

Senador de MT teme que bloqueio de R$ 45 bi crie caos social em 2019

Da Redação



(Foto: Divulgação)

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Bloqueio de R$ 45 bilhões no Orçamento de 2019 destinados à área de Assistência Social levou o senador Wellington Fagundes (PR), a manifestar sua preocupação em audiência na Comissão Mista de Orçamento, com a presença do ministro Esteves Colnago Junior. 

 

Autor do projeto que criou a Política Nacional do Idoso e que deu origem à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), o senador republicano alertou para o risco de ser gerado um grande ‘caos social’ nos municípios de Mato Grosso, já sobrecarregados de responsabilidades, sem a devida contrapartida da União e do próprio Estado.

 

Fagundes já teria mostrado sua preocupação em discussão com a presidente do Colegiado Nacional de Gestoras Municipais de Assistência Social (Coegemas-MT), Solange das Graças, que apresentou uma série de dados sobre a situação, pois a falta de recursos para pagamento - por exemplo - do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) causa extrema preocupação.

 

Dados apontam que a continuar a atual situação, mais de 7 milhões de famílias poderão ficar sem o Bolsa Família. Mais de 2,3 milhões de pessoas com necessidades especiais e idosos sem o benefício da Prestação Continuada em todo o Brasil.  

 

A manifestação do senador republicano foi endossada pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, durante a audiência pública com o ministro Colnago Junior. 

 

“Foram criados inúmeros programas, mas a responsabilidade está lá na ponta, principalmente para os prefeitos e governadores. Isso nos traz uma preocupação adicional e que precisa de uma solução” – frisou, cobrando, em seguida, a liberação dos recursos do Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX), considerado vital para estados e municípios como Mato Grosso, maior exportador de produtos primários e semielaborados.

 

O possível bloqueio ao Bolsa Família e ao chamado BPC se deve à chamada “regra de ouro”, prevista na Constituição. Ela proíbe que a União se endivide para cobrir gastos correntes, como salários de servidores ou contas de água, energia e telefone. Para realizar despesas mais altas que as receitas, o Poder Executivo deve pedir autorização do Congresso.

 

A previsão para 2019 é de R$ 2,096 trilhões em despesas correntes e R$ 1,838 trilhão em receitas (exceto operações de crédito). A execução dessa diferença de R$ 258 bilhões depende de aprovação do Poder Legislativo. Sem autorização, os gastos não podem ser realizados.

 

No projeto de Lei Orçamentária Anual enviado ao Congresso o Palácio do Planalto incluiu na “regra de ouro” despesas com Previdência (R$ 201,7 bilhões); BPC (R$ 30 bilhões); Bolsa Família (R$ 15 bilhões); e outras rubricas (R$ 11,4 bilhões).

 

 

De acordo com o ministro do Planejamento, o Governo Federal garante o pagamento desses gastos “até junho ou julho do próximo ano”.

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