Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 12 de Novembro de 2018, 19:00 - A | A

12 de Novembro de 2018, 19h:00 - A | A

POLÍTICA / EM RONDONÓPOLIS

19 cidades pedem saída de empresa por falta de gestão em hospital

Luana Valentim



(Foto: Reprodução)

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A diretoria do Hospital Regional de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), desmentiu por meio de nota nesta segunda-feira (12), a informação que circulou pelas redes sociais – em particular pelo WhatsApp – de que a unidade havia fechado as portas por determinação judicial e que o Instituto Gerir abandonou a sua administração.

 

Ainda explicou que o diretor geral do hospital, Fernando Rinaldo teve que se afastar das suas funções por problemas de saúde. E no momento, Gustavo Vasconcelos – que já acompanha os processos da unidade de saúde – é quem está fazendo a coordenação.

 

“O Instituto Gerir reafirma a necessidade de regularidade nos repasses de custeio pelo parceiro público e reforça o seu compromisso e a parceria no atendimento aos pacientes da região sudeste de Mato Grosso e garante que, dentro das condições atuais, os atendimentos estão sendo realizados com qualidade, de forma humanizada e sempre adotando as medidas para segurança do paciente, visando seu restabelecimento total”, diz trecho da nota.

 

No entanto, as 19 cidades que compõe o Consórcio Regional Sul de Saúde querem que o governo faça uma intervenção e retire oficialmente a empresa Gerir da administração do Hospital Regional e para isso esperam contar com o apoio da Assembleia Legislativa.

 

Sendo assim, por articulação da deputada estadual, Janaina Riva (MDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, os representantes dos municípios estarão em Cuiabá nesta terça-feira (13), para uma reunião na Secretaria Estadual de Saúde, às 8h30. E com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), às 15h.

 

Na última sexta-feira (9), Janaina esteve em Rondonópolis onde participou de uma reunião com os representantes dos municípios da região sul que têm o hospital como referência no atendimento. Porém, eles reclamam que a administração feita pela empresa Gerir não paga os funcionários há mais de três meses e que tem deixado faltar desde os insumos mais básicos e essenciais como esparadrapos, luvas, antibióticos, até o material utilizado para os procedimentos mais complexos.

 

Na reunião, ficou acordado que, além das agendas na Capital nesta terça, será protocolada uma ação popular pedindo o bloqueio no governo dos repasses à empresa.

 

A medida acautelatória será baseada na troca de governo e na garantia de que a próxima gestão não continue o contrato com a empresa, nem faça mais repasses até que as dívidas com os médicos, enfermeiros e funcionários do hospital sejam quitadas.

 

“Em Sinop na semana passada, tivemos a decisão de um juiz que proibiu o governo de renovar o contrato com a mesma empresa por mais 5 anos, baseada na Lei de Responsabilidade Fiscal. Assim como em Rondonópolis, a população de Sinop reclama da má gestão, sucateamento da unidade, falta de insumos e atraso de salários dos profissionais. O que precisamos agora é da boa vontade do governo para entender isso e extirpar de vez essa empresa da gestão hospitalar em Mato Grosso. Vou acompanhar de perto todas as agendas dos municípios e pedir que se mobilizem para pressionar o governo a fazer essa intervenção por meio de um decreto ou por via judicial. As pessoas estão morrendo sem atendimento e isso não pode mais acontecer”, disparou.

 

Compõe o consórcio de saúde da região sul, os municípios de Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Araguainha, Campo Verde, Dom Aquino, Guiratinga, Itiquira, Jaciara, Juscimeira, Paranatinga, Pedra Preta, Poxoréu, Primavera do Leste, Rondonópolis, Santo Antônio do Leste, São José do Rio Claro, São Pedro da Cipa e Tesouro.

 

Veja a nota na íntegra:

 

Em nota, a diretoria do Hospital Regional Irmã Elza Giovanella informa que, por problemas de saúde, Fernando Rinaldo teve que se afastar das funções de diretor geral do Hospital e no momento, Gustavo Vasconcelos, que já acompanha os processos do HRR, está fazendo a coordenação. A informação que está circulando em grupos de mensagem de WhatsApp de que o Hospital “fechou as portas” por determinação judicial e que o Instituto Gerir abandonou a administração é falsa e irresponsável. O Instituto Gerir reafirma a necessidade de regularidade nos repasses de custeio pelo parceiro público e reforça seu compromisso e parceria no atendimento aos pacientes da região sudeste de Mato Grosso, e garante que, dentro das condições atuais, os atendimentos estão sendo realizados com qualidade, de forma humanizada, e sempre adotando as medidas para segurança do paciente, visando seu restabelecimento total. 

O Instituto Gerir destaca ainda que o Governo do Estado deve R$ 15 milhões em repasses atrasados para o Hospital Regional de Rondonópolis.

 

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