Claryssa Amorim
Da Redação
O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), revelou que o decreto de calamidade financeira pode ser aprovado pelos deputados, uma vez que irá 'ajudar' o Executivo a reequilibrar as contas públicas. E ainda admitiu que as novas medidas administrativas do governador Mauro Mendes (DEM), 'desagrada todos os setores'.
Ele esclarece ainda que não tem conhecimento íntegro dos projetos - que prevê uma contenção na crise financeira do Estado-, mas concorda com o decreto e diz que 'acha' que será aprovado pelos deputados.
E que a atitude do governador deverá 'forçar' o Governo Federal liberar recursos para Mato Grosso, além de o deixar 'livre' para tomar algumas decisões.
“É verdade que as soluções desagradam a todos. Desagradam os funcionários e ainda o o setor produtivo, porque vai ter um aumento de sobrecarga de impostos e contribuições. Porém, nós [deputados] temos que ser responsáveis nesse momento”, disse o presidente da Casa, em entrevista ao programa Bom dia Mato Grosso, desta segunda-feira (21).
Ao instituir na última quinta-feira (17), o decreto, o governador democrata buscou com as medidas, reequilibrar as contas do Estado em 180 dias, que está endividado com os fornecedores, prestadores de serviços e com os servidores públicos. E ainda que o déficit chega a R$ 4 bilhões.
“Temos que ter responsabilidade. A assembleia tem que fazer essas discussões e entendo que tem que ser uma discussão responsável. Temos que pensar no estado como um todo, numa situação que melhore para todos. Não adianta fazer média agora e ser aplaudido por algumas pessoas”, completou.
Extinção da Empaer
Argumentado sobre as discussões sobre a extinção da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural - que está com o CNPJ restrito aos órgãos de proteção de crédito, com uma dívida no montante de R$ 100 milhões -, o parlamentar se posicionou contra a fim da Empaer, por ser uma empresa que ajuda os pequenos e grandes agricultores.
"Não sou a favor de votar para a extinção da Empaer. Sou a favor de que crie um novo modelo para a Empaer, até porque sem esta reformulação será impossível continuar. Pois hoje o órgão possui um custo muito alto com sua folha salarial. Assim, claro, é preciso que ele se adeque aos novos tempos" .
Botelho ainda criticou aqueles que são a favor da extinção da empresa, sob a justificativa que os agricultores não precisam mais dela. Que precisaram lá atrás, quando começaram.
Uma das empresas públicas com a previsão de extinção e alvo de duras críticas por parte do governador Mauro Mendes (DEM), a Empaer atende mais de 140 mil famílias e já reduziu cerca de 35% da folha salarial com adesões do Programa de Demissão Voluntária (PDV). A informação foi dada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (Sinterp), Pedro Carlotto, durante audiência pública.
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