Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 17 de Maio de 2019, 12:04 - A | A

17 de Maio de 2019, 12h:04 - A | A

POLÍTICA / REFORMA DA PREVIDÊNCIA

‘Governo chantageia para aprovação e mulher é a mais penalizada’, diz Rosa Neide

Fernanda Nazário
Única News



A deputada federal Rosa Neide (PT) disse, em entrevista à Rádio Capital, nesta sexta-feira (17), que o Governo Federal usa a aprovação da reforma da previdência como chantagem. Ela também pontua que as mulheres são as mais prejudicadas no projeto, que aumenta o tempo de contribuição de todas as categorias das trabalhadoras femininas.

Para a deputada, o comportamento do Governo dá a entender que a Reforma da Previdência é o único projeto existente na atual gestão, pois todos os outros assuntos, como a liberação do FEX aos estados, estão sendo condicionados à aprovação da reforma.

Sobre as consequências do projeto para as mulheres, ela defende uma mudança na proposta do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que, na sua opinião, não é justa. “Somos 52% da população e somos penalizadas em tudo”, acredita Rosa, que exemplifica sua crítica citando a categoria de magistério do ensino básico.

Na reforma, uma professora do ensino básico levará mais 10 anos para se aposentar. Atualmente ela se aposenta aos 50 anos, se aprovado o projeto, ela irá se aposentar aos 60 anos. “Imagina uma professora com 60 anos pulando corda, brincando, levantando e correndo com 25 crianças por dia, durante quatro horas de trabalho, mais o trabalho que ela faz extra de escola de planejamento e organização”.

Para esclarecer melhor o impacto dessa mudança na saúde da mulher, a Comissão de Educação da Câmara Federal irá receber, no dia 11 de junho, especialistas na área da saúde feminina. Ela conta que já teve acesso às pesquisas, que mostraram que, depois dos 50 anos de idade, quando a mulher já está entrando na menopausa, a situação emocional se transforma.

Ao atuar em sala de aula entre 55 e 60 anos, a deputada prevê que as professoras vão pegar atestado e os médicos vão afastá-las do trabalho por conta da saúde física e emocional. “E outros professores deverão ser contratados e os governos municipais e estaduais que vão pagar esse preço, porque tem que pagar uma professora regente e uma para substituir [as professoras afastadas por questão de saúde]”, diz a petista.

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