Luana Valentim
Única News
Diante da judicialização da vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o site Única News conversou, nesta segunda-feira (25), com o jurista Eduardo Mahon e o cientista político, João Edisom, para saber o que essa demora pode ocasionar.
Semana passada, a Assembleia Legislativa indicou o nome do deputado Guilherme Maluf (PSDB) para a vaga de conselheiro, após ter sido escolhido pelo Colégio de Líderes e sabatinado e aprovado pelo Plenário.
Porém, o Ministério Público do Estado – que já havia notificado a Casa, o governo e o TCE – entrou com uma ação na Justiça como forma de impedir que Maluf fosse nomeado e empossado. O juiz da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, Bruno D’Oliveira, acatou o pedido, judicializando a vaga.
Mahon explicou que acredita que Maluf irá recorrer à decisão, mas caso perca o recurso, o tucano irá abrir mão da vaga para que possam proceder a uma nova escolha.
Questionado qual o impacto para o Estado com a demora para empossar um novo conselheiro, o jurista disse que nenhum, já que até então, há um conselheiro substituto atuando, o Luiz Carlos da Costa. Mas alertou que as imagens da AL e do TCE ficam prejudicadas nesse processo.
“O que prejudica é para a própria imagem da ALMT de um lado, e do TCE, de outro”, afirmou.
(Foto: Thiago Bergamasco)
Já o analista político, João Edisom, acredita que todo esse imbróglio jurídico em cima da vaga no TCE é porque todos estão querendo essa vaga, inclusive, o judiciário, pois a Corte é a ‘porta dos céus’. Ele acredita que se deixasse de ser um cargo vitalício e diminuísse o salário para o mesmo valor que do Estado, acabaria a confusão.
“A disputa é financeira, ninguém quer honestidade. Na realidade, estão fazendo uma disputa por reserva de mercado. Todo mundo está querendo sentar na cadeira do paraíso”, disse.
Ele acredita que Maluf tem chances de reverter a situação, avaliando que não há candidatos pela AL que sejam melhores que o tucano, relatando que o deputado Max Russi (PSD) também responde a processos, e que o TCE não é lugar de juiz, referindo-se a Eduardo Calmon, que também entrou na disputa, afirmando que ele também é um oportunista querendo a ‘cadeira do paraíso’.
João Edisom avaliou ainda que o melhor candidato seria o contador Luiz Mário de Barros, que foi indicado pelo deputado Wilson Santos (PSDB).
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