Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2019, 15:21 - A | A

06 de Dezembro de 2019, 15h:21 - A | A

POLÍTICA / SUPOSTO ESQUEMA

Para Juca do Guaraná, Abílio Jr quebrou decoro ao ‘propagar mentira como se fosse verdade’

Euziany Teodoro
Única News



O vereador por Cuiabá, Juca do Guaraná (Avante), apresentou provas essa semana que podem jogar por terra a denúncia de uma servidora municipal que trouxe à tona suposto esquema de parlamentares que estariam tentando cassar o mandato do também vereador Abílio Jr (DC). Para Juca, ao distribuir a denúncia à imprensa “como se fosse um furo de reportagem”, Abílio cometeu quebra de decoro, o que pode piorar sai situação no processo de cassação.

De acordo com a servidora, Elizabeth Maria de Almeida, em um jantar na casa de Juca do Guaraná, vários vereadores, assim como o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e outros políticos, estariam oferecendo pacotes de dinheiro em troca de votos pela cassação.

Para Juca do Guaraná, ao receber a denúncia da servidora, Abílio deveria ter agido de forma completamente diferente. “Eu penso o seguinte: se alguém chegar com uma denúncia aqui, seja qual for, você vai primeiro analisar os fatos. Ver o nexo de causalidade daqueles fatos. Ele é um vereador da Capital. O que ele devia ter feito: levar no Gaeco (Ministério Público), onde for, pedir sigilo de justiça, porque os fatos são sérios, precisam ser apurados. Mas não. Ele saiu distribuindo como se fosse um furo de reportagem”, disse ele, em entrevista à Rádio Capital, nesta sexta-feira (6).

Segundo ele, a atitude de Abílio pode agravar o processo de cassação que corre na Câmara de Cuiabá. “A partir do momento que ele propagou a mentira, como se verdade fosse, ele cometeu quebra de decoro. Ele tinha a prerrogativa de pegar e fazer como a Câmara fez: pegar, analisar, levar aos órgãos competentes.”

A denúncia

Elizabeth Maria afirma ter estado na casa de Juca do Guaraná, a pedido de sua chefe (que estrai bêbada, segundo ela), durante uma festa. Lá, ela disse ter visto os vereadores pagando pacotes de dinheiro em troca de votos pela cassação de Abílio. Ela entrou em contato direto com ele para passar as informações. Elizabeth também disse ter visto o prefeito Emanuel Pinheiro na casa, chegando por volta de meia-noite e saindo por volta das 3h da madrugada.

Juca do Guaraná apresentou os registros do condomínio em que mora – no local é proibida a entrada sem documento e cadastro – que, segundo ele, mostram que a servidora nunca esteve em sua casa. Da mesma forma, a desmente quando se trata do horário de entrada do prefeito e de várias outras pessoas citadas por ela na denúncia.

“Emanuel chegou na minha casa 20h34, onde essa senhora fala que chegou meia-noite, uma hora. Aí você já vê. Ele saiu meia-noite, tenho o registro do condomínio”, conta.

A chefe de Elizabeth, Claudia Almeida Costa, registrou uma declaração em cartório em que garante não ter estado na casa de Juca do Guaraná, tendo ficado em seu apartamento naquele dia.

“Ele (Abílio) caiu no conto do vigário. Não sei se ele caiu ou agiu de má fé. Não posso acusar isso. Mas tudo indica que é uma má fé. Eu provei com ‘A + B’ quem estava na minha casa. Ninguém entra (no condomínio) sem o devido registro”.

Por fim, ele justifica porque apresentou as provas, mesmo não caindo sobre ele nenhuma acusação sobre o caso. “Não tem acusação nenhuma sobre mim, mas fala da minha casa, onde moro com minha mãe, uma viúva de 66 anos. Estavam lá os meus amigos. Por mais que caiba a quem acusa o ônus da prova, vou parafrasear um professor meu do curso de Direito: se você não tem sede de justiça, você está no curso errado”.

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