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POLÍTICA Segunda-feira, 15 de Julho de 2019, 10:51 - A | A

15 de Julho de 2019, 10h:51 - A | A

POLÍTICA / VOTOU CONTRA PROJETO

Para Rosa Neide, nova previdência é a mais perversa dos últimos 24 anos

Fernanda Nazário
Única News



Rosa Neide (PT) foi a única, entre os oito parlamentares de Mato Grosso, que votou contra nova previdência. Em entrevista à Rádio Capital, nesta segunda-feira (15), ela defendeu sua posição e disse que a proposta do Governo Bolsonaro é a ‘mais perversa’ dos últimos 24 anos.

O texto-base foi aprovado na última quarta-feira (10), na Câmara Federal, mas na quinta (11) recebeu várias propostas de mudança. “De todas as proposituras, desde o Governo Fernando Henrique, Lula e Dilma, esta é a mais perversa. A mídia do governo [Bolsonaro] foi muito forte em afirmar que essa atual reforma é para garantir as aposentadorias futuras. Essa narrativa caiu nas ruas. Ficou incorporada e as pessoas acreditam nisso”.

Antes, o INSS recolhia 8% de quem ganhava um salário mínimo. Com a Reforma, será recolhido 7,5%, diminuição irrisória para a petista, que avalia o aumento em 5 anos de contribuição previsto no projeto muito maior do que o meio por cento na alíquota.

Para quem ganha mais, a alíquota sobe e pode chegar até 22% para servidores públicos, cenário que preocupa a deputada, já que, segundo ela, a maioria dos trabalhadores brasileiros ganham até três salários mínimos.

“O cálculo é este: se você vai se aposentar com R$ 2 mil, nessa nova previdência você vai se aposentar e ganhar R$ 1.200 mil. Nossa preocupação é com quem ganha até três salários mínimos porque depois [desse valor] as pessoas têm condições de fazer alguma reserva pro final de suas vidas, mas quem ganha até três salários mínimos no Brasil falta dinheiro no final do mês. Não tem dinheiro para fazer reserva nenhuma”, explica.

Sobre o apoio da população a nova previdência, a petista acredita que Bolsonaro usou a mídia de massa e redes sociais a seu favor espalhando fake news. “Você que está no rádio falando para milhares de pessoas no estado de Mato Grosso tem uma responsabilidade pública pelo o que você está falando, se falar algo que não tem fundo verdadeiro, amanhã ou depois você vai ser questionado. Diferente do whatsapp, que chega mil informações ao mesmo tempo. Ninguém sabe a origem. O governo continua falando com a população através desse tipo de coisa, sem se preocupar se o fundo é verdadeiro ou não”.

Apesar dos pontos negativos avaliados pela parlamentar, ela entende que houve avanços. Prova disto é a diferença entre o texto que o Governo propôs e o aprovado pela Câmara. “O grande ganhador da reforma foi o presidente da Casa [Rodrigo Maia] ele fez com que houvesse avanço e nós da esquerda reconhecemos isso, pois houve abertura, dialogo ’.

Entre os exemplos de avanços, a deputada cita a questão da capitalização, em que o trabalhador pouparia para a própria aposentadoria. Essa proposta foi barrada no parlamento. “Essa era a maior perda”, avalia Rosa.

Outro avanço elencando por ela está o tempo de contribuição para homens e mulheres. Para homens, caiu de 20 para 15 anos e para as mulheres terem direito a 100% do valor da aposentadoria caiu de 40 para 35 anos.

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