Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 24 de Maio de 2019, 11:06 - A | A

24 de Maio de 2019, 11h:06 - A | A

POLÍTICA / REDUÇÃO DA VERBA INDENIZATÓRIA

‘Posso não concordar, mas respeito a opinião de Ulysses’, diz Wilson Santos

Fernanda Nazário
Única News



O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) preferiu ser mais diplomático que a maioria dos colegas de bancada ao falar sobre a proposta de Ulysses de Moraes (DC) de reduzir pela metade o valor da Verba Indenizatória. O tucano diz que pode até não concordar com o parlamentar, mas respeita sua opinião.

O projeto de Ulysses foi alterado devido a apresentação de um substitutivo integral. O novo dispositivo exclui a proposta original e acrescenta que os membros dos órgãos do Poder Legislativo poderão, a qualquer tempo, renunciar em todo ou em parte, a verba, cujo valor é de R$ 65 mil mensal.

“Eu respeito a opinião do Ulysses. Eu não menosprezo o deputado, ele foi eleito pela sociedade, tem direito de apresentar suas propostas e essas devem ser tratadas com respeito. Posso divergir, não concordar, mas é um direito legitimo dele propor aquilo que a base, a assessoria propõe. A proposta dele é legítima e honesta”, disse o tucano nesta sexta-feira (24), em entrevista ao programa A Tribuna da Rádio Vila Real.

Wilson acredita que a briga contra a VI é difícil de ser vencida. Ele lembra que também lutou nessa causa em 1991, quando apresentou uma proposta na Assembleia Legislativa para extinguir a verba e foi derrotado por 23 votos contrários a um a favor. “Mas acabei sendo convencido pelos meus assessores e lideranças comunitárias que não adiantava abrir mão, porque o dinheiro ficava na Assembleia e ninguém sabia para onde ia”, recorda o tucano.

Apesar de utilizar a verba para atividades parlamentares, Wilson afirma que, caso a proposta do democrata cristão seja aprovada em algum momento, ele estará pronto para abrir mão do recurso. “Mas enquanto a legislação permitir que eu utilize, em um mês eu utilizo mais, outro mês menos, mas eu tenho usado de maneira transparente e honesta”, pontua.

O deputado informa que já realizou diversos trabalhos com o recurso, como viagens para o interior, um seminário sobre autismo no mês de fevereiro e um simpósio sobre dislexia, que iniciou nesta quinta-feira (23) e termina nesta sexta-feira (24), na Casa de Leis.

Conforme Wilson, os deputados prestam contas de sua VI por meio de apresentação de relatórios mensais, como ocorre, segundo ele, em outras instituições. “A VI existe no Judiciário, Ministério Público, para delegado de polícia, conselheiros do TCE e outras carreiras do estado. O procedimento é o mesmo da Assembleia. A regra é estadual. Isso já foi provocado junto ao Tribunal de Justiça do Estado e o Tribunal já submeteu isso a julgamento, então o Tribunal aceita a forma como a Assembleia vem prestando contas, através de relatórios mensais”.

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