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POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Junho de 2017, 18:18 - A | A

07 de Junho de 2017, 18h:18 - A | A

POLÍTICA / JUROS MENORES

R$ 190 bi serão destinados ao Plano Safra 2017/2018

Da redação



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(Foto: Carlos Silva/Mapa)

Nesta quarta-feira (7), no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciaram que R$ 190,25 bilhões serão destinados ao Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. A quantia para financiar a agricultura brasileira será um crédito para médios e grandes produtores, entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2018.

 

Do montante anunciado, R$ 150,25 bilhões são destinado para custeio e comercialização. Dos quais R$ 116,25 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e R$ 34 bilhões com juros livres (livre negociação entre a instituição financeira e o produtor). O montante para investimento saltou de R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15 bilhões, com aumento de 12%. Apoio à comercialização terá 1,4 bilhão. O governo federal também reduziu, entre um e dois pontos percentuais, os juros das operações.

 

Ainda que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de 2016, limite os gastos públicos, a quantia será investida pois a atual gestão prioriza o agronegócio. Por isso, julgam fundamental ampliar os valores para o crédito rural.

 

Maggi falou com entusiasmo sobre a previsão da colheita de 232 milhões de toneladas de grãos neste ano, mas acrescentou que, incluindo toda a produção agrícola e pecuária, o resultado anual supera 1,2 bilhão de toneladas. O ministro enfatizou a importância da pesquisa, da tecnologia para a posição que o Brasil ocupa no mercado mundial do agronegócio (com 6,9% de participação). E frisou que o crescimento da produção tem sido alcançado preservando 61% do território nacional. "Isso não acontece em nenhum outro país do mundo", afirmou.

 

O investimento no agronegócio não atingirá somente a economia do campo, mas também a da cidade. Nos setores de alimentação, equipamentos, vestuário e transporte de carga. Além disso proporciona alimentação barata e inflação menor. O agronegócio também é responsável por metade das exportações e por 21% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

 

 

Juros

Quanto aos juros, houve redução de um ponto percentual ao ano nas linhas de custeio e de investimento e, de dois pontos percentuais ao ano nos programas prioritários voltados à armazenagem (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns/PCA - 6,5% a.a.) e à inovação tecnológica na agricultura (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária/Inovagro - 6,5% a.a.).

 

No custeio, os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%. O mesmo aconteceu para os programas de investimento, à exceção do PCA e Inovagro, nos quais a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.

 

Para acompanhar o crescimento da produção agrícola, que deve se situar em 232 milhões de toneladas de grãos, com aumento de 24,3% em relação à safra 2016/2017, com perspectivas de superar tal recorde em 2017/18, o governo federal garante recursos para investimento em armazenagem, de R$ 1,6 bilhão. Nessa temporada, os cerealistas também serão beneficiados no plano.

 

Os recursos para armazenagem, de acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, vão ajudar o produtor a suprir a necessidade de logística, beneficiando cerealistas e cooperativas, que terão prazo de amortização do crédito em até 15 anos. 

 

O Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) terá juros de 7,5% ao ano e contará com R$ 21,7 bilhões, com alta de 12%. Os médios produtores rurais terão à disposição R$ 18 bilhões em custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.

 

O programa de Inovação Tecnológica (Inovagro) tem uma linha de crédito para apoiar o uso da conectividade no campo. Isso contribuirá para melhorar ainda mais a gestão das propriedades rurais, por meio da informatização e do acesso à internet. A inovação tecnológica é um dos principais fatores para alavancar a produtividade agrícola.

 

O Inovagro contará, neste ano agrícola, com R$ 1,26 bilhão, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor. O programa financia, por exemplo, equipamentos de agricultura de precisão.

 

Entre as novidades do plano está a retomada da linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para renovação de canaviais (Prorenova Rural), com recursos de R$ 1,5 bilhão, em condições favorecidas

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