Fernanda Nazário
Única News
A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso anulou a sentença da juíza aposentada Selma Arruda que condenou a 18 anos e 4 meses de prisão o ex-deputado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Humberto Bosaipo. Ele foi é acusado de desviar R$ 1, 6 milhões da Assembleia Legislativa (ALMT) em esquema desbaratado em processo oriundo da Operação Arca de Noé.
A decisão foi tomada durante sessão na tarde desta terça-feira (13). O relator da ação de suspeição, Orlando Perri, votou pelo acolhimento parcial do pedido da defesa do ex-conselheiro.
“Vou me abster de ler porque o voto é muito extenso, mas vou acolher a exceção de suspensão, sim. Estou julgamento parcialmente procedente o pedido de exceção de suspeição proposta por Humberto Bosaipo em face juíza aposentada Selma Arruda declarando a nulidade da sentença por ela proferida em 26 de outubro de 2017”, disse Perri, que teve seu voto seguido pelos demais desembargadores da 1º Câmara.
O voto foi parcial porque Bosaipo havia pedido a anulação da audiência que o condenou, mas os desembargadores decidiram invalidar apenas a sentença.
Em 2017, Bosaipo havia sido condenado por Selma Arruda por desviar R$ 1,6 milhões da Assembleia Legislativa por meio de uma factoring de propriedade de João Arcanjo. O crime ocorreu entre 2000 e 2002, época que Humberto era deputado da Casa. Ele, juntamente com outros servidores da Assembleia, com apoio do ex-parlamentar José Riva, emitia cheques à empresa fantasma, criada exclusivamente para justificar os pagamentos fraudulentos.
No pedido de suspeição, Bosaipo afirma que a ex-juíza orientava uma funcionária, que foi ouvida no processo, a negar pedidos de sua defesa com objetivo de uma "promoção pessoal".
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