Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Domingo, 27 de Janeiro de 2019, 15:45 - A | A

27 de Janeiro de 2019, 15h:45 - A | A

POLÍTICA / EM 2017

Várzea Grande é o município de MT que menos investiu na saúde em 2017

Da Redação



Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostrou os gastos por habitante em saúde no ano de 2017. Em Mato Grosso, o município com o menor gasto per capita foi Várzea Grande, com R$ 237,90. No outro lado da lista está Araguainha, município a 460 km ao Sul de Cuiabá, que investiu R$ 1.567,63 por habitante.

A média nacional dos municípios foi de R$ 403,37 na saúde de cada habitante durante todo o ano de 2017. Segundo o CFM esse foi o valor médio de recursos próprios aplicados pelos gestores, com base no que foi declarado junto ao Ministério da Saúde.

Em Mato Grosso, a situação dos municípios é bem diversa. Cuiabá, com 590 mil habitantes registrados, gastou uma média de R$ 527,22, média um pouco acima do que foi registrado nos 41 municípios com mais de 500 mil habitantes que constam no levantamento, que foi de R$ 525,84.

Na última colocação no ranking em Mato Grosso está Várzea Grande, na região metropolitana, que desde 2013 aumentou em 44% os seus investimentos em saúde. Mesmo com os avanços, o município investe menos que a média nacional por habitante, mas ainda está longe do último colocado no ranking nacional, Cametá (PA) com R$ 67,54.

Para a gestão, apesar da média baixa, o montante investido é alto e dos recursos aplicados na saúde 48% são de verbas próprias do município.

“Se forem somados os recursos federais e estaduais, passamos dos R$ 500 por habitante. Dos R$ 143 milhões investidos na saúde em 2018, 48% foi de dinheiro próprio. Para se ter uma ideia, no ano passado o Estado deixou de repassar R$ 17 milhões, recurso que faz falta”, alega o secretário de Comunicação da Prefeitura, Marcos Lemos.

Lemos também afirma que o levantamento usa como base de cálculo o número de habitantes, no entanto, o município atende demanda de outras regiões. “Nós atendemos de 40% a 45% de pacientes de outros municípios. E quando a pessoa não declara o município de origem não recebemos a compensação financeira, que, quando vem, demora mais de três meses para chegar”.

Do outro lado do ranking em Mato Grosso está o pequeno município de Araguainha, com 931 habitantes. Apesar da média de R$ 1.567,63 per capita, o município já teve mais investimentos em saúde (R$ 1.858,86 em 2013), o que foi sendo reduzido e só voltou a crescer em 2017.

Em sua primeira gestão, o prefeito de Araguainha, Silvio José de Morais Filho (PSD), afirma que a situação tem melhorado, mas ainda é crítica. “Quando assumimos, pegamos uma lista de espera muito grande e o polo regional que nos atende é Rondonópolis, que fica a quase 500 quilômetros. Não tínhamos nenhum veículos para levar os pacientes e hoje temos dois carros e uma van com 21 lugares”.

Zerar a fila de espera por exames e consultas foi uma das ações que mais teve participação nos gastos da saúde municipal em 2017, segundo o prefeito. “Foi um avanço, mas ainda precisa melhorar mais. Só temos uma unidade de saúde e queremos trazer especialidades para cá, comprando aparelhos e contratando os médicos, porque a viagem até Rondonópolis é muito cansativa para os idosos. A Legislação obriga a usar 15% das receitas com saúde e chegamos a quase 40%”.(Com GD) 

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia