Wellyngton Souza
(Foto: Reprodução/Web)
O secretário de Cidades, Wilson Santos e o deputado estadual, Jajah Neves, foram ouvidos na manhã desta quarta (31), pelo promotor de Justiça, Mauro Zaque, na sede do Ministério Público Estadual (MPE).
De acordo com o documento instaurado pelo órgão, o caso ficou chamado por 'notícia fato' na tentativa de apurar um suposto ato de improbidade administrativa. Jajah foi flagrado denunciando Wilson por cobrar todo mês a Verba Indenizatória no valor de R$ 65 mil, que deveria ser utilizada para gastos no gabinete.
Assim que saiu da sede do MP, Santos disse à imprensa, que não tem nenhum envolvimento neste caso e que é inocente. E ainda ressaltou que quem deve prestar contas é o deputado Jajah Neves.
"Eu já tinha estado no MPE há 15 dias. Levei ofício pedindo ao órgão que investigue a minha atuação. E solicitei também que convoquem meus ex-suplentes, Antônio Joaquim, José Magalhães e Lino Rossi, eles podem depor e declarar como foi meu comportamento na minha ausência do parlamento estadual e federal. Não tenho nada a temer, não tenho nada a ver com isso. Eu não tenho nada a ver com esse assunto, quem deve explicar é o Jajah", disse à imprensa. Jajah não se pronunciou sobre o depoimento.
O caso
O deputado Jajah Neves (PSDB) foi flagrado em um vídeo fazendo confissões bombásticas contra Wilson Santos sobre suposta obrigatoriedade em devolver a Verba Indenizatória para o dono da cadeira no Legislativo estadual, já que Jajah é suplente, ocupando uma cadeira no Legislativo, por conta da saída de Santos para comandar a Secid. O vídeo ganhou repercussão, após ser exaustivamente compartilhado nas redes sociais.
Em um dos trechos da gravação, o deputado afirma que ainda não conseguiu realizar nenhuma nomeação, pois até as indicações, são de Santos e que as ações fazem parte de um acordo sigiloso entre o suplente e Wilson. No entanto, esta situação já estaria incomodando Jajah. Em trecho do vídeo Jajah se diz revoltado que 'três dias antes de cair a Verba Indenizatória na conta, aproximadamente R$ 65 mil, o titular do cargo já liga pedindo o repasse do dinheiro. Tenho que devolver tudo para ele’.
A verba seria uma forma de ressarcir o dono da vaga, pelas despesas com combustíveis, aluguel de imóveis, locação de veículos dentre outros. A devolução do dinheiro, já foi inclusive revelada pela deputada estadual Janaína Riva (MDB), durante uma discussão com Jajah no plenário da Assembleia, em maio do ano passado, quando os dois acabaram se estranhando ao falar sobre as investigações dos grampos. Mas, o fato na época foi negado pelo parlamentar.
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