Cuiabá, 26 de Abril de 2024

VARIEDADES Terça-feira, 14 de Maio de 2019, 15:39 - A | A

14 de Maio de 2019, 15h:39 - A | A

VARIEDADES / APRESENTADORA

Fernanda Gentil desabafa sobre o machismo no jornalismo esportivo

Fernanda Frozza
Glamour



Poderia ser sua amiga, que compartilha no Insta conversas surreais com a mãe no WhatsApp, tenta sem sucesso comprar ingressos para o show de Sandy & Junior e se diverte ao derrubar o celular em uma apresentação no trabalho. Mas é Fernanda Gentil, 32 anos, apresentadora que se tornou íntima do público assim, sem esforço.

Você era repórter, virou apresentadora e hoje é uma celebridade, com milhões de seguidores. Como vê esse caminho?

Tenho princípios muito sólidos que não me deixam em nenhum momento ficar deslumbrada com isso. Sempre soube o que queria e nunca achei que fosse dar errado. Já fui assessora de imprensa, depois, como jornalista, trabalhei na editoria de cidades, na Band, até chegar ao esporte. Aí, quando conquistei isso, sabia que estava no lugar certo. Não imaginei que tomaria essa proporção, mas é consequência de muito trabalho, pois não computei obstáculos. Perdi eventos em família, com pais e filhos, mas isso sempre foi incentivo porque eu sabia que ia chegar.

Por que acha que, entre tantos bons profissionais, você se destacou desde que apareceu na TV?

Acho que meu jeito natural me aproxima do público. Deixo claro que não tem diferença entre mim e quem me vê. A Copa de 2014 foi um grande canhão, uma visibilidade enorme e acredito que as gafes também me humanizaram. Sou muito exigente, mas essa foi a cobertura que mais saí orgulhosa, querendo dar high five comigo mesma.

O jornalismo esportivo é muito machista. Isso chegou a te fazer repensar?

Nunca. Pratiquei esporte a vida toda e naquela fase de vestibular tive que escolher entre ser atleta ou estudante. O jornalismo esportivo foi uma solução. Mas já vivi momentos em que cruzei o campo com o time ganhando, aí era chamada de “gostosa”. Quando perdia, “piranha”. Sabia que precisava ficar ligada, mas não era um assunto tão em pauta. Ainda bem que se tornou, graças ao movimento feminista e às redes sociais.

Seu trabalho ainda te dá frio na barriga?

Todos os dias. Mas um frio na barriga de tesão, não de descontrole. Sei da minha visibilidade e da minha responsabilidade, mas o que me dá tranquilidade para errar é a certeza de que isso vai acontecer. Óbvio que erro querendo acertar, por mais que eu tropece em uma palavra, esqueça outra ou engasgue, estou preparada para lidar com isso.

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