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VOLTA AO MUNDO Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2019, 09:57 - A | A

16 de Janeiro de 2019, 09h:57 - A | A

VOLTA AO MUNDO / ACORDO DE BREXIT

Após rejeição do acordo do Brexit, Theresa May enfrenta votação de moção de desconfiança

Caso perca a votação desta quarta-feira, premiê poderá renunciar ou terá que ser indicada novamente por seu partido para se manter no cargo.

Por G1



(Foto: Reuters/Peter Nicholls)

A primeira-ministra britânica Theresa May deixa sua residência oficial em Downing Street, em Londres, na terça-feira (15).

 

Após sofrer uma imensa derrota na votação de sua proposta de acordo para o Brexit, a primeira-ministra britânica, Theresa May, enfrenta nesta quarta-feira (16) uma nova votação decisiva. O Parlamento irá avaliar uma moção de desconfiança contra seu governo, que pode resultar na perda de seu cargo.

A moção foi proposta pelo líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, imediatamente após a votação do Brexit, na terça. A justificativa apresentada foi que, em dois anos de governo, May não conseguiu elaborar uma proposta boa o suficiente para ser aprovada pela maioria no Parlamento.

Em dezembro, May já havia sido alvo de moção semelhante apresentada por seus colegas de partido, o Conservador. Na ocasião, ela venceu a votação interna e foi mantida no cargo.

Por volta das 10h (horário de Brasília) May começou a responder a perguntas dos parlamentares. Ela ressaltou que a política do governo é que o Brexit acontece no dia 29 de março e que a União Europeia só consideraria ampliaria esse prazo se houvesse um plano de saída alternativo e confiável.

 

Em seguida, os parlamentares discutem o futuro do governo. A votação está prevista para o final do dia.

 

May pode sobreviver

 

 

Segundo a imprensa britânica, a premiê deve sobreviver ao teste e obter os votos necessários para continuar no poder.

Conservadores pró-Brexit se manifestaram a favor de May. O deputado Boris Johnson, uma das lideranças favoráveis ao divórcio, disse que a derrota da véspera deu a May uma grande incumbência de voltar a Bruxelas e negociar um acordo melhor.

O pequeno Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte (DUP), que apoia o governo minoritário de May e que se recusou a aceitar o acordo da premiê, também disse que irá apoiá-la na votação de desconfiança.

 

Como funciona

 

Quando uma moção de desconfiança é apresentada, o governo tem questionada sua capacidade de exercer a liderança, e por isso é realizada uma votação para verificar se o líder deve ou não permanecer no cargo.

Theresa May precisa da maioria de 318 votos para sobreviver. Há 650 deputados na Casa, mas 7 membros do partido nacionalista da Irlanda Sinn Fein não participam, 4 porta-vozes não votam e outros 4 deputados que têm a tarefa de contar os votos também estão de fora. Restam 635 deputados para votar.

Caso a maioria dos parlamentares aprove a moção nesta quarta, May pode renunciar ao cargo por iniciativa própria. Mas o Partido Conservador pode insistir em seu nome, apresentando-a novamente como candidata para permanecer no posto de primeira-ministra.

O mais provável em um caso desses, no entanto, é que o partido apresente outro candidato para substituí-la. Outros partidos também podem lançar seus próprios candidatos ao cargo e os parlamentares têm um prazo de 14 dias para tomar uma decisão.

Se ao fim desses 14 dias nenhum nome for definido – ou seja, nenhum partido conseguir comprovar que tem capacidade para liderar o governo, nos termos da legislação – o Parlamento é dissolvido e são convocadas eleições gerais a partir de 25 dias úteis.

 

O partido que obtiver a maioria nessas eleições gerais conquista então o direito de indicar o próximo primeiro-ministro.

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