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VOLTA AO MUNDO Domingo, 27 de Janeiro de 2019, 09:16 - A | A

27 de Janeiro de 2019, 09h:16 - A | A

VOLTA AO MUNDO / TRAGÉDIA EM MINAS

Com outra barragem em risco, sirene é acionada e moradores retirados de Brumadinho

G1 Minas



(Foto: Site do G1 Minas)

 

As buscas por sobreviventes do rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, foram temporariamente interrompidas na manhã deste domingo (27), pelo risco de rompimento de uma outra barragem na região.

Uma sirene foi acionada por volta das 5h30, e moradores de partes baixas da cidade começaram a deixar as suas casas em direção a regiões mais altas.

O rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da Vale, ocorreu no início da tarde da última sexta-feira. Um mar de rejeitos destruiu casas da região e a área administrativa da empresa.

Há ao menos 37 mortos, 81 desabrigados e 23 feridos em hospitais, segundo os bombeiros. A Vale divulgou uma lista com mais de 250 nomes de funcionários com os quais não conseguiram contato.

Neste domingo, as sirenes foram acionadas por volta das 5h30 após ser detectado um aumento dos níveis de água nos instrumentos que monitoram a barragem 6, de acordo com a Vale.

Ainda segundo a mineradora, as autoridades foram avisadas e, como medida preventiva, a comunidade da região está sendo deslocada para os pontos de encontro determinados previamente pelo Plano de Emergência.

Pedro Aihara, porta-voz dos bombeiros, disse que as áreas de risco são os bairros de Parque da Cachoeira, Pires, Centro e Novo Progesso. Os moradores desses locais devem deixar as suas casas e se direcionarem a 3 pontos de encontro: Igreja Matriz, no centro, delegacia e Morro do Querosene. Segundo ele, esses locais são considerados seguros, mesmo se houver o rompimento.

Ainda de acordo com Aihara, a barragem 6 tem de 3 a 4 milhões de metros cúbicos de água e é usada como apoio às operações da mina.

Policiais ajudam a orientar a população no local. Equipes dos bombeiros estão na região do Parque da Cachoeira, que é o principal ponto de preocupação pelo risco de rompimento e onde há aproximadamente 25 casas.

Um morador da parte baixa de Brumadinho disse em entrevista ao vivo à GloboNews que se assustou com o alarme e que, inicialmente, não sabia do que se tratava exatamente. Segundo ele, os vizinhos começaram a ligar uns para os outros para entender o que estava acontecendo e foram para a parte alta da cidade só depois que a polícia militar confirmou que era para todos deixarem suas casas.

“Larguei a casa, peguei só uns suprimentos e documentos e fui embora. Não teve nenhum treinamento para saber se podíamos pegar mais coisas”, disse.

A chuva em Brumadinho dificultou os trabalhos de resgate neste sábado. Um ônibus foi encontrado com mortos na região próxima à barragem rompida, mas o número ainda não foi divulgado. Uma pousada que é destino de famosos foi soterrada e poucas vítimas foram resgatadas.

Segundo os bombeiros, um novo balanço com o número atualizado de vítimas deve ser divulgado às 10h deste domingo.

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