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VOLTA AO MUNDO Sexta-feira, 08 de Fevereiro de 2019, 10:35 - A | A

08 de Fevereiro de 2019, 10h:35 - A | A

VOLTA AO MUNDO / DIÁLOGO

União Europeia rejeita reabrir acordo do Brexit, mas concorda em dialogar com Theresa May

Conversas frias e duras entre a primeira-ministra do Reino Unido e líderes do bloco não levaram a uma flexibilização do acordo. UE, porém, promete manter conversas.

Reuters



 
 
 

 

Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, se encontrou com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para tentar renegociar Brexit — Foto: Yves Herman/Reuters

 

União Europeia não vai reabrir o acordo do Brexit firmado entre os líderes do bloco e Theresa May no ano passado. No entanto, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker concordou em manter conversas com a primeira-ministra do Reino Unido para verificar "se um caminho pode ser encontrado".

Os dois líderes se reuniram nesta quinta-feira (7) em Bruxelas, na Bélgica. May tentava rediscutir o acordo do Brexit com a liderança da União Europeia, depois que o Parlamento rejeitou a proposta da premiê em 15 de janeiro.

As conversas descritas como duras pela imprensa britânica não representaram nenhum avanço significativo para May. Principalmente porque a União Europeia continua determinada a não abrir o acordo.

Os dois líderes, porém, encarregaram suas equipes de trabalhar para saber "se pode ser encontrado um caminho que obteria o apoio mais amplo possível no Parlamento do Reino Unido e respeitaria" a posição da UE. Eles concordaram em se reencontrar antes do final do mês.

 

Relações entre May e UE esfriam

Um aperto de mãos frio com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na reunião desta tarde, foi pouco para esconder a tensão 50 dias antes de o Reino Unido deixar de vez a União Europeia – muito provavelmente sem acordo nenhum para manter o fluxo comercial.

 
 

Nenhum dos dois falou, e um repórter gritou aos dois líderes quando saíam: "Isto é o inferno, primeira-ministra?". Na quarta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que os defensores de um Brexit sem acordo merecem um "lugar especial no inferno" – uma demonstração explícita da frustração da União Europeia e que revoltou lideranças políticas.

 

Renegociação do acordo

 

 
Manifestantes a favor (ao fundo) e contra (à frente) o Brexit perto do PArlamento britânico, em Londres, em setembro — Foto: Reuters/Hannah McKayManifestantes a favor (ao fundo) e contra (à frente) o Brexit perto do PArlamento britânico, em Londres, em setembro — Foto: Reuters/Hannah McKay

Manifestantes a favor (ao fundo) e contra (à frente) o Brexit perto do PArlamento britânico, em Londres, em setembro — Foto: Reuters/Hannah McKay

O Parlamento, que rejeitou o pacto da premiê pela maioria mais expressiva da história britânica moderna, votou pela renegociação do acordo em 29 de janeiro. Os parlamentares substituíram uma cláusula que alguns temem poder manter a Irlanda do Norte, governada por Londres, sob as regras da UE indefinidamente – o que, na prática, manteria o Reino Unido vinculado ao bloco de alguma forma.

 

Líderes do bloco vêm repetindo que seria impossível substituir a cláusula, conhecida como "backstop". Eles argumentam que ela é necessária para que não haja uma fronteira dura entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda – país independente que integra a UE – o que já foi motivo de violência sectária.

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