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Mato Grosso tem condições de ser o maior produtor de ovinos do Brasil. É o que afirma o atual presidente da Associação Matogrossense dos Criadores de Ovinos (Ovinomat), Cássio Carollo. Farelo de soja, milho, DDG, pastagens e silagens foram os insumos destacados para a afirmação, uma vez que o estado é um dos maiores produtores de soja e milho do país.
“Nós temos 300 mil cabeças de ovinos. Se colocar uma ovelha onde tem uma vaca, ou boi, a pastagem não muda. Isso, sendo muito otimista. Mas, se tivesse essa integração entre a cadeia produtiva, seria possível”, afirma.
O panorama atual, os desafios e as perspectivas para a atividade foram os temas do Estúdio Rural deste sábado (9).
Atualmente, os principais entraves para alavancar a atividade no estado estão relacionados a falta de capacitação para os produtores, orientação de manejo, genética e planejamento. Carollo afirma que para a gestão 2023/2026 a ação será trabalhar dentro da porteira e da porteira para fora.
“Nós precisamos saber interagir com o pessoal das indústrias também para poder entregar os animais. Não adianta produzir, sem escalonamento, para entregar no mesmo mês. Os frigoríficos não vão conseguir atender a demanda e a população não vai absorver isso. Os produtores que já fazem parte da Ovinomat, já estão tendo essas orientações”, destaca.
Conforme Carollo, alguns anos atrás Mato Grosso tinha cerca de 1 milhão de cabeças de ovinos. Essa queda no volume de animais ocorreu devido a falta de crescimento ordenado, desde a parte de abate, consumo e mercado. “Precisamos fazer a gestão do futuro no presente”.
Projeções para os próximos anos
A associação existe há 25 anos e conta com 150 produtores. Com o novo cadastramento, citado por Carollo, o objetivo é atuar diretamente com os produtores.
“Eu acredito que em um curto espaço de tempo, a gente consiga 500, 600 produtores cadastrados. Nós dividimos o estado em sete macro regiões de atuação e cada uma delas possui um coordenador para orientar quem atua na atividade. Junto com os Sindicatos Rurais, Empaer e outros órgãos técnicos, queremos realizar cada vez mais treinamentos”, pontua.
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