Única News
Segundo o dicionário, patriota é substantivo masculino e feminino. Pessoa que ama sua pátria, seu país de nascimento, que se esforça para lhe ser útil, agindo em seu favor ou em sua defesa.
Adjetivo daquele que ama, protege e guarda a pátria: A palavra patriota deriva do latim "patriota,ae", pelo grego "patriotes,ou", com significado da mesma pátria. Patriotas lutam para ser úteis à sua Pátria, agindo em favor dos interesses do coletivo e se posicionam com palavras e atos na defesa do bem comum da nação.
Já Patriotismo é o sentimento de amor à pátria, aos seus símbolos nacionais, (Bandeira, Hino, Brasão, vultos históricos, riquezas naturais e patrimônio material e imaterial). É o amor à sua pátria, lealdade, devoção.
Lembro-me da minha rotina escolar, eu, criança, no Colégio Marista, em Cascavel, no interior do estado do Paraná, onde nasci e também, posteriormente, em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, para onde vim morar, naquele longínquo ano de 1981: diariamente, na escola, antes do início das aulas, todos enfileirados, cantávamos o Hino Nacional, enquanto a Bandeira do Brasil era hasteada (Ato de hastear, de erguer uma bandeira ao longo de um mastro; alçamento: hasteamento da bandeira).
Aquele momento, para mim, era tão mágico, aprendi a me habituar à melodia e à sonoridade tão rica daquele Hino, aquelas notas crescentes, vibrantes, em diferentes ritmos, ora mais suaves, ora mais elevadas, somadas àquelas palavras cujo significado eu não compreendia, um tanto rebuscadas demais para meu limitado repertório linguístico, típico de uma criança daquela idade, mas que me pareciam algo tão maior que eu, tão lindo!
A frase “Deitado eternamente em berço esplêndido”, era para mim, puro lirismo...O repouso eterno do Brasil, nesse lugar deslumbrante da América do Sul.
Ouvir: “Entre outras mil, és tu Brasil, ó Pátria Amada, dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria Amada, Brasil!” era o ponto alto, quando o Hino chegava ao final. Ouvi-lo e cantá-lo com a mão sobre o coração, me emocionava sobremaneira. A conquista pela liberdade e igualdade e até sermos capazes de morrer pela Pátria.
Aquele momento diário era muito mágico para mim e colaborou para que eu crescesse me sentindo apaixonada pelo Brasil, desejando que nosso rico e gigante país, fosse sempre cada vez mais próspero. Ouvir na tv o bordão: “o Brasil é o país do futuro”, parecia tão promissor, a sentença que a Nação avançaria sempre e cada vez mais e que quando o futuro enfim chegasse, nosso país atingiria a sua plenitude.
O Hino, somado às lindas cores tão vivas da Bandeira do Brasil, tremulantes enquanto ela subia, cada uma com seu respectivo significado e aquela emblemática frase no centro da faixa: “Ordem e Progresso” também me fascinavam, porque eu concluía que sem ordem, não haveria progresso. Cresci pensando nesse intrincado mecanismo que resultaria no progresso, decorrente da manifestação e permanência da ordem. Era uma sentença decretada bem ali, no centro da nossa linda Bandeira.
Ainda hoje penso, que equação é essa? E concluo que somente em nações com grande nível de governança, equilíbrio dos Poderes, enérgica atuação do Estado e elevada segurança Jurídica, esse “progresso ordenado” poderia se fazer existir, além claro de saúde, educação, infraestrutura e muitos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento.
Em 2009 o Congresso Nacional aprovou e foi sancionada a lei 12.031 que incluiu o parágrafo único no artigo 39 da Lei dos Símbolos Nacionais, tornando obrigatória a execução do Hino Nacional, uma vez por semana, nos estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental. No passado, era diária a exigência de se cantar o Hino Nacional, nas escolas, durante o hasteamento da Bandeira do Brasil.
Hoje, constatando que não há mais uma obrigatoriedade das escolas em cantar o Hino Nacional diariamente, penso que uma consequência muito óbvia é que em pouco tempo, essa geração de brasileiros mirins não saberá cantar o Hino de seu próprio país de origem. Não vamos nem entrar no mérito de quantos brasileiros sabem cantar o Hino Nacional, fato esse que acho triste.
Assusta-me o movimento orquestrado que tem por objetivo essa destituição do amor pela Pátria, da desqualificação do estado, dentre outros...
Uma segunda consequência possível é um afrouxamento desse sentimento de reverência, patriotismo e respeito pela nação, pela nossa Bandeira e pelo país como um todo.
Ainda, talvez, somado a tantos outros paradigmas comportamentais que vêm sendo quebrados (que não citarei aqui, para não fugir do tema central), concluo que a perda desse conhecimento nos empobrecerá culturalmente, no mínimo e poderá afetar -em algum nível- nosso senso de cidadania, algo tão fundamental para que tenhamos empatia com o planeta, com as pessoas e com o cumprimento de nossos deveres e não apenas o usufruto de nossos direitos.
Patriotismo e cidadania são conceitos diferentes, mas sempre me pareceram estar intrinsecamente ligados, pois, se temos respeito pelo Pátria, teremos aprendido também a cultivar o sentimento de respeito pelos outros. Num outro momento, vamos falar de cidadania, condição fundamental.
Ainda hoje, do alto das primaveras que já vivi, ouvir o Hino Nacional sempre me emociona, sinto uma bucólica vontade de colocar a mão no peito e uma sempre persistente vontade de chorar, aquele “chorinho” singelo, sereno que nasce das emoções mais puras e nobres, aquelas que não sofrem interferências, dentro de nós, pois se manifestam rapidamente, sem que a nossa sempre ativa mente racional tente nos inibir.
Admito que me sinto um tanto ridícula (e excessivamente romântica) por sentir essa vontade de chorar ao ouvir o Hino Nacional, porque penso: quantos brasileiros mais são assim como eu, se emocionam profundamente com o Hino Nacional, sentindo-se inundados por um nobre amor à nação e à sua Bandeira? Eu deveria sentir vergonha disso?
Eu brado em alto e bom som que sou patriota, (SOU PATRIOTA!), amo o meu país, penso que o Brasil é lindíssimo e como boa patriota, procuro fazer a minha parte e ser correta, entendendo que o que desejo para mim, é o limite de como devo tratar o outro, e o outro engloba: o planeta, meu país, as pessoas, a vida, as leis, os rigores e tudo o que é correto e bom, para o bem coletivo.
Aquela menina pequenina do Paraná ainda deseja ver o Brasil deixar de ser o “país do futuro” e finalmente se transformar na Nação Pujante e Indestrutível que tem todo o potencial para ser!
Ela também sonha em uma relação plena e equilibrada entre o Brasil e seu povo, que ambos se cuidem mutuamente, usufruindo seus direitos e cumprindo seus deveres, um para com o outro.
Dedico esse artigo a cada brasileiro que, com orgulho, considera-se patriota! Que possamos estimular o Patriotismo em todas as gerações!
Viva o Brasil!!!
Informações e curiosidades, sobre o Hino Nacional, são muitas. Algumas delas:
A Lei 5.700 (01/09/1971) é a Lei dos Símbolos Nacionais do Brasil, um deles, o Hino Nacional, e determina as condições em que o Hino Nacional deve ser apresentado.
Um Hino Nacional é geralmente uma composição musical patriótica que evoca e elogia a história, as tradições e as lutas de seu povo, reconhecidas pelo governo de um país como a canção nacional oficial símbolo do Estado, ou por convenção, através do uso pelo povo A maioria dos hinos nacionais possuem o estilo musical de marchas ou música orquestrada. Os países da América Latina, Ásia Central e Europa tendem a peças mais ornamentadas e operísticas (Wikipédia).
O Hino Nacional Brasileiro é um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, conforme estabelece o art. 13, § 1.º, da Constituição do Brasil. Os outros símbolos da República são a Bandeira Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional. Tem letra de Joaquim Osório Duque-Estrada (1870–1927) e música de Francisco Manuel da Silva (1795–1865) e foi oficializado em de 6 de setembro de 1922.
A letra e o ritmo sofreram algumas alterações ao longo de sua história, até a versão final, hoje vigente. Partes do hino foram extraídas da poesia romântica "Canção do Exílio", do escritor brasileiro Gonçalves Dias (1823–1864). A composição foi criada em julho de 1843, quando o autor se encontrava em Coimbra e ressalta o patriotismo e o saudosismo em relação à sua terra natal, época na qual se vivia uma forte onda de nacionalismo, que se devia ao recente rompimento do Brasil colônia com Portugal. O poeta trata, neste sentido, de demonstrar aversão aos valores portugueses e ressaltar os valores naturais do Brasil.
O Hino Nacional de Francisco Manuel da Silva permanecia sem um poema oficial, era entoado com as mais diferentes adaptações de uma localidade para outra, e não raro refletia um regionalismo contrário ao ideal de federalismo e unidade nacional. Há relatos que não era incomum professores das escolas normais também produzirem suas próprias adaptações ao já bem conhecido Hino com a finalidade de ser possível que seus alunos pudessem de alguma forma entoá-lo, esta pode ser a razão de eventual testemunho sobre variações desde uma introdução cantada, até a totalidade da letra do Hino.
A primeira gravação do hino nacional foi feita em 4 de março de 1901, executada pela Municipal Military Band, de Londres, e lançada sob o disco Berliner 145, já a primeira gravação brasileira do hino nacional foi feita em 1902. Instrumental, foi interpretada pela Banda da Casa Edison e lançada sob o disco Zon-o-phone 10187.
No ano seguinte, foi feita outra gravação, também pela Banda da Casa Edison, e lançada no disco Zon-o-phone X-1051, ouvindo-a, nota-se, no meio do Hino, uma voz masculina, dizendo: -Viva o Brasil!
Auristela Cristina Picicaroli de Araujo, paranaense de nascimento e mato-grossense de coração, graduada em Comunicação Social, pós-graduada em Gestão Empresarial e Gestão do Agronegócio e pós-graduanda em Private Equity, M&A e Growth, é bancária, especialista em crédito corporativo, apaixonada por pessoas, pelo mercado financeiro e patriota.
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CRISTIANO DOS REIS SILVA 20/05/2022
Debater sobre os símbolos nacionais é uma forma de resgatar os valores cívicos e fazer com que cidadãos conscientize do seu papel na sociedade. O civismo é uma atitude que se aprende, comportamento que se desenvolve e é parte do ato de educar
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