(Foto: Internet)

Mais do que eleger pessoas pra cargos, eleição movimenta um universo de energias diretas e indiretas. Em alguns momentos da História as eleições servem pra pôr em cheque todo um sistema que envolve o poder. Foi o caso de 2016. Embora sejam eleições municipais, o eleitor votou com visão muito mais ampla. Pra trás e pra frente. Em Mato Grosso, entre as energias indiretas está a identidade do governo Pedro Taques. Há um ano e nove meses no poder, o governo entrou na campanha eleitoral com a identidade muito arranhada pela recente crise da RGA e da prolongada greve dos servidores. Pesando contra, uma indisfarçável sensação de que não sabe conversar. De fato, conversar em política é muito mais do que simples falar. É ouvir indefinidamente, ouvir de novo, se não bastar, tornar a ouvir. Paciência infinita!
Em muitos municípios o governador Pedro Taques esteve presente. Pode se dizer que sua presença ajudou ou que não ajudou. Isso ficou menor agora que a eleição passou. Dos 141 municípios, exceção de Cuiabá, a base de apoio ao governo elegeu 89 prefeituras. O que não significa fidelidade! Que vantagens as eleições pode trazer ao governador e ao seu governo? Penso que traz a oportunidade de se reinventar. Volto ao seu slogan: “Estado de Transformação”. Oportuno e relevante. Porém, nesses primeiros meses não formou um conceito claro para os eleitores do que significa de fato. Confundiu-se com ética, com prisões e com gestão arrochada. Não resultou em melhoras dos serviços públicos e nem em eficiência. Deu a impressão de travamento das ações.
Passou a eleição. O horizonte acena com 2018. Tempo de outras eleições. Nenhum governo estadual terá dinheiro pra responder aos seus cidadãos com obras e realizações físicas. Mesmo que tivesse, não há tempo hábil pra licitações, realização e conclusão. O que dizer a esse cidadão que acabou de sair das eleições de 2016 e disse nas urnas o que quer e o que não quer. Votos nulos, brancos e abstenções que o digam. Os cidadãos mato-grossenses estão esperando o governo como um líder coletivo catalisador de esperanças e uma inspiração. Isso não se faz por obras. Nem só por ética. Se faz com um diálogo renovado que, sobretudo, nasça da visão qualitativa de toda a sociedade. Vai se surpreender. As pessoas querem mais sentimentos do que obras. Sentimentos de esperança. De fé. De amor à sua terra.
Todos queremos o governador como líder que fala ao coração das pessoas. Outros no passado falaram em tempos de crise. Cito Garcia Neto, Frederico Campos, Júlio Campos e Dante de Oliveira. Agora, antes da eleição foi um governo. Depois da eleição, outro governo. É preciso se repensar e traduzir o presente em futuro! Futuro é o que todos queremos!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
[email protected] www.onofreribeiro.com.br
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