Da Redação
Única News
Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (2/3), aponta que 7,4 milhões de mulheres foram agredidas fisicamente com tapas, socos ou chutes ao longo de 2022, uma média de 14 mulheres agredidas por minuto.
A pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” foi solicitada pela ONG ao instituto Datafolha. O estudo foi feito entre os dias 9 e 13 de janeiro, com abordagem pessoal de mulheres com mais de 16 anos em pontos de fluxo populacionais.
Segundo o levantamento, 53,8% das vítimas relataram que as agressões ocorreram dentro de suas próprias casas. Esse indicador aumentou mais de 10 pontos percentuais desde 2017, quando 43,3% das mulheres responderam terem sido vítimas de violência em suas residências.
No ano passado, 17,6% das agressões graves contra mulheres ocorreram nas ruas. Em 2017, 39,1% dos casos de violência grave ocorreram em ambiente público.
As entrevistadas responderam sozinhas a um formulário em um tablet, com duração média de 20 minutos para conclusão. A margem de erro para a amostra nacional sobre violência contra a mulher é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Principal agressor é o ex
Pela primeira vez, o estudo apontou o ex-companheiro como o principal autor da violência (31,3%), seguido pelo atual parceiro íntimo (26,7%). O autor da violência é conhecido da vítima na maior parte dos casos (73,7%).
Assim, o lugar menos seguro para as mulheres é a própria casa – 53,8% relataram que o episódio mais grave de agressão dos últimos 12 meses aconteceu dentro de casa. Esse número é maior do que o registrado na edição de 2021 da pesquisa (48,8%), que abrangeu o auge do isolamento social durante a pandemia de Covid-19. Outros lugares onde houve episódio de violência foram a rua (17,6%), o ambiente de trabalho (4,7%) e os bares ou baladas (3,7%).
Diante do questionamento sobre a reação à violência, a maioria (45%) das mulheres não fez nada. Em pesquisas anteriores, em 2017 e 2019, esse número foi de 52%. É digno de nota que a maioria das vítimas ainda permanece em silêncio.
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