Da Redação
Única News
Lançado em 2022, o Catarina Aviation Show chegou à terceira edição como um dos principais eventos nacionais da aviação executiva , se consolidou como vitrine para as marcas do setor, para fabricantes de carros e até de embarcações. Organizado pela NürnbergMesse Brasil em parceria com a JHSF, terminou neste sábado, 15, no São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional, em São Roque, a poucos quilômetros de São Paulo, e foi exclusivo para convidados.
Ocupando três hangares para expor mais de 50 marcas, o evento quase quadriplicou de tamanho desde a primeira edição e seguirá expandindo, segundo João Paulo Picolo, CEO da NürnbergMesse Brasil. “Talvez tenhamos mais um hangar no ano que vem. Enxergamos crescimento para marcas de carro e embarcações. E também vemos espaço para varejo de moda e até vinhos. Mas a visitação não deve crescer muito, ficando por volta dos 6.000 visitantes, pois precisamos manter o fator de exclusividade”, explica o executivo – que não abre números de investimento e faturamento, mas garante que o evento já se paga.
“O Catarina Aviation Show se consolidou como o mais importante evento de aviação executiva do Brasil, pois, além de reunirmos os principais fabricantes de aeronaves, oferecemos experiências que vão além e surpreendem o público de alta renda com novidades do mercado automotivo, de embarcações, produtos exclusivos como as bicicletas de madeira da Andicrose, o primeiro carro voador apresentado no país pela GoHobby, e o avião de alumino da Junkers”, defende Augusto Martins, CEO da JHSF.
Para Rodolfo Costa, diretor de Aviação da Prime You, que participou do Catarina Aviation Show, esse é o tipo de feira que oferece ao cliente a possibilidade de conhecer diretamente vários tipos de aeronaves, inclusive com voos de demonstração. É também uma chance única de descer de um avião e subir num carro ou barco igualmente luxuosos.
“O valor aqui está no mix de diversos mercados, não só o da aviação. Há também um capricho na execução e na padronização”, avalia o executivo. A empresa, logo na abertura do evento, anunciou a compra do primeiro Gulfstream G700 no Brasil. Por 90 milhões de dólares, o modelo passa a compor sua frota de aeronaves no regime de propriedade compartilhada.
Salão do Automóvel em miniatura
Desde a primeira edição, o Catarina Aviation Show tem atraído fabricantes de carros de luxo. Lá em 2022, a Audi chegou a realizar 170 test-drives com os modelos RS e-tron GT, e-tron e Q3 Sportback.
Nesta terceira, foi a vez da Mercedes-AMG usar a pista do aeroporto para exibir os dotes do seu último lançamento no mercado brasileiro, o GT 63 S E Performance, um cupê de quatro portas que pode romper os 100 km/h em 2,9 segundos e beliscar os 316 km/h – velocidade máxima para piloto de jato nenhum botar defeito.
O que levou a marca a escolher o Catarina Aviation Show para lançar um superesportivo de luxo de quase 1,7 milhão de reais é simples: “nos importa aqui a qualidade do público que visita a feira. Para nós, é mais um evento de demonstração de um carro de ponta do que de venda”, avalia Evandro Bastos, head de produto automóveis da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.
Jatinho de R$ 90 milhões
Um dos destaques da feira é o avião G700, da norte-americana Gulfstream. O modelo é o mesmo adquirido por Elon Musk, dono da Tesla e do X (antigo Twitter).
O primeiro exemplar vendido no Brasil foi anunciado durante o primeiro dia do evento. O comprador foi a empresa Prime You, que atua no ramo de propriedade compartilhada de aviões, helicópteros, embarcações, carros esportivos e imóveis. O valor do negócio foi de cerca de US$ 90 milhões (R$ 483 milhões).
Segundo Rodolfo Costa, diretor de aviação da Prime You, duas cotas da aeronave já estão fechadas, e outros clientes demonstraram interesse na aquisição de um novo exemplar, que só tem entregas previstas para a partir de 2027. O executivo ainda afirma que compartilhar o avião diminui os desembolso com os custos fixos e de depreciação do bem, que serão divididos entre os cotistas e estão na casa de 5% do valor total do avião ao ano.
Cada cotista desembolsou cerca de US$ 32 milhões (R$ 171 milhões) e poderá usar a aeronave durante 110 dias do ano. Ao mesmo tempo, terá de ser gasto aproximadamente US$ 62 mil (R$ 332 mil) ao mês com custos fixos do avião, além do valor das horas voadas.
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