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Cansado de ter dificuldade para sair ou chegar em casa, o corretor de imóveis Antônio Spinetti usou uma tática para driblar os motoristas. Ele colocou uma placa com o recado “Atenção! Estacionamento exclusivo para cornos”, mas apesar do esforço, disse que não mudou muita coisa.
“Em uma forma mais crítica, eu resolvi colocar a placa pra ver se funcionava, mas não resolveu muito não. Acho que Goiânia tem corno demais”, disse Antônio, se divertindo com a situação.
A casa do corretor fica no Jardim Europa, em Goiânia, perto de um hospital. Por conta disso, o homem disse que os carros lotam a rua e dificultam a passagem. O alerta foi instalado em um poste há mais de 3 anos, segundo Renata Alves, de 25 anos, filha do idealizador.
“Meu pai simplesmente não aguentava mais não conseguir tirar a caminhonete. Na hora que ele dava ré, os carros atrapalhavam, até que ele ficou irritado e teve a ideia”, contou Renata.
“E deu certo?”, questionou o repórter.
“Não. Olha em volta [se referindo à rua lotada de carros]”, brincou a jovem, enquanto ria.
Késia de Almeida, dona de uma lanchonete que fica ao lado da placa, falou que muitos motoristas levam na brincadeira, brincam e perguntam se ela que instalou a placa no local. No entanto, há quem se irrite.
“A gente fala que não tem nada a ver com essa placa. Uns levam na esportiva, outros falam que essa placa tá indevida, a rotina é essa. Achei boa a ideia”, explicou.
Outro funcionário da lanchonete completou que muitos motoristas não ligam e estacionam mesmo assim.
“Ninguém importa com isso aí não. O povo para mesmo assim”, falou, sem se identificar.
Mas pode?
Não! Ao g1, Horácio Ferreira, diretor de trânsito da Secretaria de Mobilidade de Goiânia (SMM), explicou que toda sinalização nas vias públicas deve seguir os manuais de sinalização publicados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Além disso, devem ter autorização do órgão gestor de trânsito, seja estadual, ou municipal.
“Quando alguém faz uma alguma sinalização em Goiânia, ela está desrespeitando o código de postura e os auditores fiscais podem autuá-la quando identificada”, detalhou.
Quando não há identificação, aí se faz uma investigação para poder proceder com o rito processual de notificação e autuação. A SMM retirou a placa do local.
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