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Metrópoles
O número de pedidos pelo serviço de tapa-buraco cresceu 47,5% no segundo trimestre deste ano na capital paulista, em comparação com igual período de 2022. Segundo dados abertos do Portal 156, foram 55.813 chamados de abril a julho, ante 37.829 no ano passado. Em média, a Prefeitura de São Paulo recebeu uma solicitação a cada dois minutos, aproximadamente.
Entre os 96 distritos com mais chamados, somente a Lapa, na zona oeste, fica no centro expandido da capital paulista.
Os dados abertos do 156 apontam também que, até a segunda-feira (4/9), 50,14% dos chamados abertos durante o segundo trimestre ainda aguardavam atendimento. A prefeitura, entretanto, em resposta ao Metrópoles, diz que 19% estão “pendentes de atendimento”. Em março, a gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou que desde 2021 o tempo médio para a solução do problema é inferior a 10 dias.
Veja os 10 bairros com mais pedidos
Campo Limpo – 1.518
Grajaú – 1.431
Pirituba – 1.415
Jaraguá – 1.387
Capão Redondo – 1.375
Sacomã – 1.265
Lapa – 1.159
Vila Andrade – 995
Cidade Ademar – 949
Itaim Paulista – 887
Um mesmo buraco pode ser alvo de diversos pedidos, mas mesmo assim vale destacar que ruas relativamente pequenas, como a Padre Chico, na Pompeia, chegaram a ter mais de 160 chamados para reparo em apenas três meses.
Os números de abril a julho reforçam a tendência de alta nos pedidos feitos à administração municipal para reparar o pavimento da cidade. No primeiro trimestre, com 65 mil chamados, a prefeitura já tinha registrado aumento de 38,8% em relação a igual de 2022.
Falhas
O serviço de tapa-buraco tem sido alvo, também, de fiscalização do Tribunal de Contas do Município (TCM).
Na última semana, 12 auditores visitaram mais de 40 buracos em várias regiões da cidade e detectaram uma série de problemas, que deverão constar em relatório a ser divulgado ainda nesta semana.
Entre as falhas, os auditores do TCM apontaram que a empresas contratadas pela prefeitura têm adotado o tapa-buraco para reparação pontual em vias com alto grau de degradação, o que significa solução paliativa para problema grave.
Auditores também constataram que são realizadas grandes intervenções em áreas superiores ao tamanho do buraco em si, o que representa um custo elevado para os cofres públicos. As empresas são remuneradas também pela quantidade de massa asfáltica.
Outro problema levantado pelos auditores está no preparo da área para a aplicação do novo asfalto. Falta limpeza adequada, com a remoção de pedras e folhas, o que diminui a durabilidade do remendo.
O que diz a prefeitura
A prefeitura afirma que, em relação aos pedidos feitos no segundo trimestre, cerca de 19% estão pendentes de atendimento. “Isso não significa que a execução do serviço seja de atribuição da Prefeitura”, diz.
Segundo a gestão municipal, das solicitações recebidas através do SP156, cerca de 2.500 pedidos de tapa-buraco são de competência das empresas concessionárias, que são notificadas pela prefeitura. “No período citado pela reportagem, houve um aumento de 15% nas intervenções feitas pelas empresas concessionárias no pavimento da cidade”, diz.
A administração municipal também afirma que o aumento da demanda pelo serviço de tapa-buraco tem um conjunto de fatores: a intervenção sistemática por parte das concessionárias, o aumento do fluxo, a idade do pavimento, além de fator comportamental.
A respeito da auditoria feita pelo TCM, a Secretaria Municipal das Subprefeituras diz que não recebeu o relatório do TCM e os apontamentos serão respondidos quando solicitados.
Em relação aos chamados abertos no 2° trimestre, 10.912 ainda aguardam atendimento, correspondendo a 19.77%.
A respeito das solicitações do “tapa-buraco” no primeiro semestre de 2023, 13.371 solicitações estão em aberto, 622 foram canceladas e 106.669 foram finalizadas. A prefeitura diz também que fiscaliza o serviço.
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