Exame
O serviço de meteorologia MetSul apontou que a chuva que atingiu as cidades do Litoral Norte de São Paulo é a maior já registradas no país. Elas superam, por exemplo, o desastre em Petrópolis no ano passado.
A empresa afirmou que, de acordo com dados de pluviômetros digitais do Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres, Cemaden, em 24 horas, entre 9h do sábado, 18, e 9h do domingo, 19, a chuva somou 680 mm em Bertioga, 626 mm em São Sebastião, 388 mm no Guarujá, 337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba, 234 mm em Caraguatatuba: 234 mm, 225 mm em Santos, 203 mm em Praia Grande e 186 mm em São Vicente. Cada milímetro corresponde a um metro quadrado de água.
Em Petrópolis, foram 534,4 milímetros de água acumulados em 24 horas. No bairro São Sebastião, por exemplo, foram 415 milímetros em apenas dez horas.
A MetSul pontua que não necessariamente é a chuva mais volumosa já ocorrida no país, mas sim a de maior magnitude já registrada, conhecida e documentada com equipamentos modernos de meteorologia. Há, por exemplo, outro registro semelhante em 20 de junho 1947, mas sem documentação científica preservada. O caso foi em Biritiba Mirim, também em São Paulo. Na ocasião foram registrados 622,5 mm.
Desastre da China
Os valores averiguados no Litoral Norte de São Paulo se assemelham ao desastre em Zhengzhou a 700 quilômetros de Pequim, na China, em 2021. A precipitação pluviométrica de 24 horas foi de 610,5 mm, mas alguns dados indicam até 621 mm, em 24 horas, valor pouco inferior aos de pontos de Bertioga e São Sebastião.
Dados da época também apontam outra triste coincidência: um número próximo de mortes. Lá, foram 33 óbitos por conta dos dias de chuva. Em São Sebastião, são 36 reconhecidos até agora.
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