Fred Moraes
O mês passado, março, sempre foi dedicado a diversas pautas sociais ligadas ao empoderamento feminino, luta pela igualdade de gênero e direitos civis. Porém, somente nos três primeiros meses do ano, Mato Grosso registrou 13 feminicídios, número que ascende um alerta na segurança das mulheres. O caso mais recente foi da jovem Emily Bispo, de apenas 20 anos, morta a facadas pelo ex-namorado na frente do filho. Embora seja amplamente divulgado, as vítimas das mais diversas formas de violência não denunciam aos agressores, e de acordo com a Defensora Pública, Rosana Leite, o medo de que essas mulheres venham se tornar alvo nas mãos dos agressores faz com que não haja denúncias.
Em entrevista ao Podcast Tudo&Política, da TV Única, a defensora Rosana Leite disse que em uma pesquisa feita pelo Instituto Datasenado, no aniversário de 13 anos da Lei Maria da Penha, apontou que 79% das mulheres não registram boletim de violência doméstica porque têm medo que a agressão se torne maior.
“Aproximadamente 79% respondeu que não lavrou o boletim de ocorrência por temor que a violência tornasse ainda maior. Ou seja, não confiam no sistema de justiça, e efetividade da Lei. Precisamos fazer com que de fato elas confiem, hoje em dia todos precisamos dar créditos a fala da mulher. Há uma gama de situações que precisam ser mudadas”, afirmou.
Outro dado comentado pela defensora foi o registro de 13 feminicídio no estado desde o início do ano. “Ainda ha que se pensar contra esse machismo, que permeiam a sociedade e fazem com que as mulheres tornam-se vítimas. Aqui em Mato Grosso temos vistos esses dados tristes, muitas “Emillys” são mortas todos os dias. É dolorido, e pensamos o quanto a violência contra as mulhers atinge toda a sociedade.
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