Ana Adélia Jácomo
Única News
Os postos de saúde de Mato Grosso devem ter regularizado o abastecimento das vacinas pentavalente até o final desta semana. O Ministério da Saúde informou nessa segunda-feira (20) que o país já começa a receber as 1,7 milhão de doses que estavam em atraso.
Ocorre que desde julho do ano passado, o repasse por parte do Governo Federal tem sido irregular, o que fez com que Mato Grosso registrasse um déficit, relativo do ano de 2019, na ordem de 238.038 doses.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) afirma que recebeu, até a última semana, 37.900 doses da vacina. De acordo com levantamento da Gerência Estadual do Programa de Imunização da SES-MT, em 2019, Mato Grosso recebeu um total de 121.962 doses da vacina pentavalente, sendo que a meta estadual para o ano todo era de 360.000 doses da vacina.
“O Ministério da Saúde informou que adquiriu vacinas suficientes para regularização da situação e, neste ano, fará ações para a recuperação dos não vacinados nos últimos sete anos”.
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que houve desabastecimento da vacina por conta de problemas com o laboratório fabricante. "Em alguns dias, todos os municípios terão em suas unidades, nos postos de saúde, o restabelecimento da pentavalente. Essa vacina dá uma segurança muito importante para a saúde das crianças", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
A vacina é essencial para proteger crianças contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus influenza tipo b (responsável por infecções no nariz e garganta). O esquema vacinal prevê três doses da vacina: aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses de vida.
A orientação do Ministério da Saúde aos municípios é que seja priorizada a regularização das cadernetas de vacinação das crianças assim que os estoques voltarem à normalidade. Receber as três doses é fundamental para o sistema imunológico produzir os anticorpos necessários à proteção das doenças.
Entenda a situação
O Brasil compra a vacina pentavalente via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), pois não existe laboratório produtor no país.
Em julho de 2019, lotes do laboratório pré-qualificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foram reprovados no teste de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em agosto, o Ministério da Saúde solicitou reposição do produto, mas, naquele momento, não havia disponibilidade imediata no mundo.
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