Morreu dormindo aos 72 anos neste sábado (3) o polêmico artista plástico Clóvis Irigaray, um dos mais importantes de Mato Grosso, com reconhecimento internacional. A figura dele em si chamava atenção, pelas tatuagens no rosto e o jeito excêntrico de ser.
O falecimento, ainda sem causa exata divulgada, gerou comoção na rede, amigos, políticos, celebridades locais manifestaram condolências. Ex-secretário de Estado de cultura, Allan Kardec, lamentou. "Hoje nos despedimos de um grande mestre da Cultura mato-grossense. Ícone das artes visuais no Brasil e no mundo, nosso querido Clovis Irigaray, o Clovito, nos deixou aos 72 anos de idade, enquanto dormia. Projetou nosso estado no cenário da arte contemporânea brasileira e revolucionou gerações com sua personalidade autêntica e libertária. Descanse em paz, Clovito! Meus mais profundos sentimentos aos familiares, amigos e fãs. Sua arte e seu legado seguem a nos inspirar! Triste dia", diz nota postada no Facebook.
A filha dele, Maria Irigaray, explica que não foi Covid-19. "Estava bem, embora tenha passado por uma internação há pouco tempo". Tinha efisema pulmonar.
Natural de Alto Araguaia (MT), Clóvis Irigaray já participou da Bienal de São Paulo, Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Panoramas das Artes de Mato Grosso, no Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT, entre vários outros espaços culturais. É um dos artistas que mais representa a gênese da pintura moderna em Mato Grosso ao lado de nomes como Humberto Espíndola, João Sebastião e Dalva de Barros.
Em 2013 foi nomeado Embaixador das Artes pela Academia Francesa de Artes, Letras e Cultura e também foi convidado para expor seu trabalho no Museu do Louvre, em Paris, um dos maiores e mais conceituados do mundo.
O velório começa hoje meia noite e o enterro às 9h da manhã na Chapada dos Guimarães (a 60 km de Cuiabá).
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