Cuiabá, 16 de Junho de 2024

ECONOMIA Sexta-feira, 17 de Junho de 2016, 07:08 - A | A

17 de Junho de 2016, 07h:08 - A | A

ECONOMIA / BRASIL

Quase 60% dos brasileiros acreditam que economia vai melhorar em 2017

r7



As recentes medidas econômicas anunciadas pela equipe do presidente interino Michel Temer já refletem positivamente na perspectiva dos brasileiros. É o que indica pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisas para o R7. De acordo com o levantamento, 57,2% dos brasileiros acreditam que a situação econômica do País vai melhorar em 2017. 22,6% acham que irá ficar como está. Já 16% estão pessimistas e acreditam que situação vai piorar. E 4,2% não sabem ou não responderam.

Os dados foram coletados na semana em que o governo interino completa um mês de gestão. Nesse período, Temer se concentrou justamente na Economia. Nomeou nomes fortes para o Ministério da Fazenda (Henrique Meirelles) e para o Banco Central (Ilan Goldfajn) e conseguiu aprovar medidas consideradas prioritárias e difíceis no Congresso, como o nova meta de déficit fiscal e a DRU (Desvinculação de Receitas da União), que dá mais liberdade a governos na execução do orçamento.

Anunciou ainda a devolução de R$ 100 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o Tesouro Nacional e o saque de R$ 2 bilhões do Fundo Soberano Nacional.

Nesta quarta (15), o governo interino apresentou uma PEC (Proposta da Emenda Constitucional) que define um teto máximo para os gastos públicos e limita o crescimento dos gastos públicos à reposição anual da inflação. O texto prevê punições a quem descumprir os limites, como proibição de aumento salarial para servidores, criação de cargos e realização de concursos públicos. A validade da proposta, que será discutida no Congresso, é de 20 anos, podendo ser alterada a partir do décimo ano.

Além dessas medidas, durante a sabatina que aprovou seu nome no Senado, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que o País vai reconstruir o tripé econômico, de responsabilidade fiscal, controle da inflação, e câmbio flutuante. Para Goldfajn, o objetivo da autoridade monetária será cumprir plenamente a meta de inflação, mirando o seu ponto central, de 4,5% ao ano.

Uma das grandes críticas econômicas ao governo Dilma Rousseff foi o abandono do cumprimento de metas, tanto a fiscal (resultado das contas do governo), como de inflação. A última vez que o Brasil teve a inflação perto do centro da meta foi em 2009, ainda no governo Lula, com 4,31% de inflação. Sob Dilma, a inflação sempre esteve perto do teto da meta (que é 6,5%), até explodir em 2015, fechando em 10,67%.

Para o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, o grande desafio do governo Temer não será apenas econômico, mas também de medidas contra a corrupção.

— O otimismo com a economia mostra que população está com boa vontade em relação ao governo interino, mas a população espera medidas éticas e anticorrupção, e é o que o governo interino terá que entregar.

Corrupção

O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas perguntou ainda se as novas denúncias da Lava Jato podem atrapalhar o governo interino de Temer. 64,3% dos entrevistados responderam que sim, podem atrapalhar. 24,7% disseram que não vão atrapalhar. 7,4% disseram que talvez atrapalhem e 3,6% não sabem ou não responderam.

O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.004 pessoas em 162 municípios de todas as regiões brasileiras entre os dias 11 e 14 de junho.

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