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O presidente de LaLiga, Javier Tebas, se desculpou pelas declarações feitas no último domingo (22), quando rebateu Vinícius Jr. pelas redes sociais, após o jogador ser alvo de insultos racistas, em jogo contra o Valencia.
O mandatário da entidade que organiza o campeonato espanhol disse estar arrependido do "bate-boca" que teve com o brasileiro pelo Twitter, em que Tebas foi duramente criticado pela postura dura, em que chegou a dizer para Vini "não se deixar manipular".
"Creio que a mensagem, e a intenção que tive, uma parte importante (das pessoas), sobretudo no Brasil, não entendeu. Eu não queria atacar Vinícius, mas, se a maioria das pessoas entendeu assim, preciso pedir desculpas. Não era minha intenção. Me expressei mal, em um momento ruim", disse Tebas, em entrevista à ESPN Brasil.
"Mas não tinha intenção de atacar Vinícius, mas, sim, esclarecer uma situação, porque Vinícius tinha gravado um vídeo apoiando as ações da LaLiga. Se magoei alguém, pensaram que sou racista, está longe da realidade", completou.
A credibilidade do campeonato espanhol está em xeque após o jogador do Real Madrid ser alvo de insultos racistas pela nona vez apenas nesta temporada. A imprensa internacional e fãs do esporte ao redor do mundo criticam a passividade no combate ao preconceito racial.
"O que temos de fazer é trabalhar, para mostrar que é o contrário: queremos Vinícius, queremos na Espanha, no Real Madrid. E queremos tanto que seguiremos defendendo, denunciando e levando à prisão quem ofender a Vinícius", disse Tebas.
Nesta semana, a polícia espanhola prendeu sete pessoas suspeitas de cometerem ataques racistas contra o brasileiro. Deste grupo, três pessoas são acusadas de ser parte dos autores dos gritos e dos gestos racistas feitos no Mestalla, no fim de semana.
A atuação da arbitragem no país foi alvo de um mea-culpa por parte do líder de LaLiga, que admite o mau momento. Dos 16 cartões amarelos recebidos por Vinícius nesta temporada, 15 foram dados em competições na Espanha.
"Temos um problema com a arbitragem espanhola em geral, e a gente já vem dizendo há tempos que quer mudanças. Mas, em relação ao Vinícius, minha opinião é que, de fato, são muitos cartões amarelos."
Apesar das críticas, Tebas ressaltou que a LaLiga "não é racista", e defendeu a organização.
"O futebol brasileiro, os jogadores brasileiros são parte da história do futebol espanhol, parte muito importante da história do futebol espanhol. Diria que não há um grande jogador brasileiro que não passou por nossa liga, e queremos que essa história continue. A mensagem é: não somos uma liga racista, somos uma liga que protege o jogador negro. Somos uma liga que protege o jogador contra homofobia", completa.
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