Ari Miranda
Única News
O Governo de Mato Grosso decidiu, nesta semana, pela exoneração do perito criminal Thyago Jorge Machado. O servidor, que era lotado na Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT) e recebia salário na casa dos R$ 25 mil, acabou demitido do cargo por plágio e por tentativa de “desmoralizar” a Politec após um laudo forense forjado, no caso da médica Letícia Bortolini, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, em abril de 2018. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (30).
Segundo as investigações, o servidor emitiu um laudo técnico forjado e contraditório sobre o acidente de Letícia Bortolini. Conforme a empresa Forense Lab, cujo Thyago é um dos sócios, apontou que o veículo conduzido pela médica estava mais de 95 km/h quando atropelou o trabalhador. Entretanto, o laudo particular diferiu do primeiro laudo, feito pela própria Politec, onde a velocidade estimada do carro da médica na hora do acidente era de 30 Km/h.
Após a tentativa do laboratório particular em “descreditar” a Politec, o Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco-MT) denunciou a fraude no laudo da empresa em que Thyago é sócio, alegando que o documento foi plagiado de um laudo da Politec, de um acidente de trânsito ocorrido em 2014 na cidade de Sapezal (510 Km a noroeste de Cuiabá). Além disso, foi apontado ainda que Thyago Machado estava licença do órgão público para conclusão de um doutorado, e não poderia estar assinando como responsável técnico na empresa.
PLÁGIO NO MESTRADO
Além disso, o Sindicato anunciou que fez uma representação criminal contra a Forense Lab no Ministério Público Estadual (MPE), destacando ainda que entregará às autoridades uma denúncia anônima recebida na entidade representativa, com cópias do processo à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Segundo a denúncia, Thyago pode ter cometido plágio em um trabalho durante seu mestrado, apresentando um trabalho acadêmico da Universidade de São Paulo (USP) como se fosse de sua autoria - a mesma denúncia que levou a Controladoria Geral do Estado (CGE) a instaurar o Processo Administrativo que resultou na demissão do perito.
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