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GERAL Sexta-feira, 31 de Março de 2023, 09:05 - A | A

31 de Março de 2023, 09h:05 - A | A

GERAL / CASO LETÍCIA BORTOLINI

Governo exonera servidor da Politec após fraude em laudo sobre acidente

Segundo as investigações, perito Thyago Machado teria forjado laudo sobre um acidente de trânsito ocorrido em 2018.

Ari Miranda
Única News



O Governo de Mato Grosso decidiu, nesta semana, pela exoneração do perito criminal Thyago Jorge Machado. O servidor, que era lotado na Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec-MT) e recebia salário na casa dos R$ 25 mil, acabou demitido do cargo por plágio e por tentativa de “desmoralizar” a Politec após um laudo forense forjado, no caso da médica Letícia Bortolini, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lúcio Maia, em abril de 2018. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (30).

Segundo as investigações, o servidor emitiu um laudo técnico forjado e contraditório sobre o acidente de Letícia Bortolini. Conforme a empresa Forense Lab, cujo Thyago é um dos sócios, apontou que o veículo conduzido pela médica estava mais de 95 km/h quando atropelou o trabalhador. Entretanto, o laudo particular diferiu do primeiro laudo, feito pela própria Politec, onde a velocidade estimada do carro da médica na hora do acidente era de 30 Km/h.

Após a tentativa do laboratório particular em “descreditar” a Politec, o Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco-MT) denunciou a fraude no laudo da empresa em que Thyago é sócio, alegando que o documento foi plagiado de um laudo da Politec, de um acidente de trânsito ocorrido em 2014 na cidade de Sapezal (510 Km a noroeste de Cuiabá). Além disso, foi apontado ainda que Thyago Machado estava licença do órgão público para conclusão de um doutorado, e não poderia estar assinando como responsável técnico na empresa.

PLÁGIO NO MESTRADO

Além disso, o Sindicato anunciou que fez uma representação criminal contra a Forense Lab no Ministério Público Estadual (MPE), destacando ainda que entregará às autoridades uma denúncia anônima recebida na entidade representativa, com cópias do processo à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Segundo a denúncia, Thyago pode ter cometido plágio em um trabalho durante seu mestrado, apresentando um trabalho acadêmico da Universidade de São Paulo (USP) como se fosse de sua autoria - a mesma denúncia que levou a Controladoria Geral do Estado (CGE) a instaurar o Processo Administrativo que resultou na demissão do perito.

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