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Quinta-feira, 09 de Novembro de 2023, 10h:08

Advogado vê como “descabida” inclusão de filho de Mauro em investigação

Empresário foi incluído em lista de investigados da Operação Hermes II por suposta participação em crimes ambientais em MT e outros 3 estados.

Ari Miranda
Única News

Reprodução

O advogado Hélio Nishiyama e o empresário Luís Antonio Mendes (no detalhe).

Em nota à imprensa, divulgada nesta quinta-feira (9), o advogado Hélio Nishiyama, classificou como “descabida e absurda” a inclusão de seu cliente, o empresário Luís Antonio Taveira Mendes, filho do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), no rol de investigados pela Operação Hermes II, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), na manhã desta quarta-feira (8).

Segundo o jurista, Luiz Antonio Mendes não tem qualquer ligação com nenhuma das empresas ou pessoas investigadas.

“É absolutamente descabida e absurda a inclusão do empresário Luís Antonio Taveira Mendes na operação Hermes 2, isto porque, o empresário não exerce qualquer atividade de gestão, direção ou tomada de decisão nas empresas objeto da investigação, e tampouco figura de forma direta como sócio das empresas Investigadas”, disse o advogado do empresário.

Além disso, o jurista disse que tomará as devidas providências pelo fato na esfera judicial federal, que também avaliou como uma decisão arbitrária.

“O envolvimento do empresário e as medidas cautelares são ilegais e serão questionadas no Tribunal Regional Federal. Inclusive, a Justiça Federal indeferiu de plano, o pedido de prisão temporária solicitado de forma arbitraria pelo delegado da Polícia Federal, por ausência de fundamento jurídico no pedido”, afirmou.

“Por fim, o empresário reafirma seu compromisso com a verdade dos fatos, e se coloca à disposição da justiça para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários”, concluiu.

A OPERAÇÃO

A Polícia Federal e o IBAMA deflagraram, na manhã desta quarta-feira, 8/11, a Operação Hermes II, com o objetivo de apurar e reprimir crimes contra o meio ambiente, especialmente por meio do comércio e uso ilegal de mercúrio, organização e associação criminosa, receptação, contrabando, falsidade documental e lavagem de dinheiro, em quatro estados: AM, MT, SP e RJ.

Os crimes apurados estão relacionados ao contrabando e acobertamento de mercúrio, que tem por destino final o abastecimento de garimpos em áreas que compõem a Amazônia Legal (Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Pará).

A primeira fase da operação, deflagrada em 1º de dezembro do ano passado, foi apontada como a maior operação policial do país para desarticulação de uso ilegal de mercúrio e iniciou-se a partir da investigação de uma empresa com sede em Paulínia/SP, que utilizava criminosamente de suas atividades autorizadas para produzir créditos falsos de mercúrio no sistema do Ibama.

A partir da análise de milhares de fontes bases (documentos e dispositivos eletrônicos), durante mais de dez meses, a Polícia Federal identificou uma extensa cadeia organizada de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema ilegal de comércio de mercúrio e ouro extraído de garimpos na Amazônia

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