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Terça-feira, 06 de Agosto de 2019, 15h:17

Sintep diz que há pontos ‘obscuros’ na proposta de Mendes e cobra temas reivindicados

Fernanda Nazário
Única News

Reprodução / Internet

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, disse durante entrevista à Rádio Capital, nesta terça-feira (06), que a proposta do governador Mauro Mendes (DEM) para pôr fim à greve dos professores possui pontos ‘obscuros’, além de não atender a outros temas reivindicados pela categoria.

A proposta foi apresentada por Mendes na tarde de segunda-feira (05), em que afirma conceder os reajustes e ganhos reais aos servidores do Estado, conforme as finanças se adequarem aos limites previstos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê que 49% da receita corrente líquida seja usada para pagamento de folha salarial. Hoje, o Estado gasta 58% com a folha.

O sindicato ainda não deliberou sobre a proposta, mas adianta que não está completamente satisfeito com os pontos versados por Mauro. “Vejo que é um documento em que faltam pontos que a categoria está debatendo. Temos a questão referente ao concurso público, que o governador havia apresentado um cronograma e as datas já venceram”.

Para poder analisar a proposta, Henrique acredita que o governador precisa apresentar o documento de forma mais clara. “Também a questão da reposição dos dias parados. Então, o documento do Governo precisa versar sobre isso. Ele precisa apresentar um documento de forma mais clara aos trabalhadores, para que possamos fazer uma avaliação a contento. São questões que precisam ficar claras aos trabalhadores da Educação.”

Outro ponto criticado pelo dirigente é com relação ao cumprimento da Lei 510/2013, que aumento o salário da classe em 7,69%. “A categoria sempre estabeleceu como parâmetro que o governo devesse apresentar a integralidade da 510 até a data-base. Olhando ‘por cima’ a proposta, percebe-se que é um documento que ele tira, inclusive do horizonte, a integralidade da dobra do poder de compra para 2023”, disse Henrique.

Ele ainda avalia que não há garantia de que a inflação será reposta. “Quando ele amarra a questão do percentual que sobrar da diferença entre receita e despesa, não há para ninguém a garantia de que a inflação será reposta. Não se sabe se essa sobra será suficiente para cobrir a inflação do período. Então, essa coisa está muito obscura na proposta do Governo.”