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Sexta-feira, 11 de Outubro de 2019, 15h:16

Para Botelho, suposta delação não atinge Assembleia; 'deputados entram e saem'

Claryssa Amorim
Única News

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou nessa quinta-feira (9) que a suposta delação premiada do ex-presidente da Casa, José Riva, não coloca o Legislativo em um “cenário ruim” para a população.

Em documento de suposta proposta de colaboração premiada de Riva, consta uma lista com 56 nomes que estariam envolvidos no esquema de propina entre o Governo do Estado e a Assembleia, durante o seu mandato. Entre os nomes, estão dois ex-governadores: Silval Barbosa e Blairo Maggi.

“Esse cenário [notícias sobre a delação] é ruim para os deputados, para a Assembleia não. Sempre tenho dito que a Assembleia é um poder, é uma instituição maior que as pessoas. O que acontece arranha as pessoas, mas não arranha a instituição. Sai um deputado, sai outro e a instituição fica”, declarou Botelho.

O deputado ainda ressaltou que não faz comentário de um mandato que não participou e “nem sequer vinha na Assembleia”. Ele garantiu que durante o seu mandato, desde 2015, não existe “mensalinho”. “Eu sigo um seguinte: nada na política fica em segredo. Vocês já ouviram alguém dizer durante o meu mandato de que teria mensalinho na Assembleia?”, argumentou o deputado.

Botelho relata que age com “cautela” para fazer qualquer tipo de análise e comentário sobre o assunto. Para ele, o documento é “falso”, pois não existe nenhum tipo de assinatura, além de não ter sido protocolado junto ao Ministério Público do Estado (MPE).

Ele disse ainda que entrou em contato com José Riva para entender a veracidade do documento, porém, o ex-presidente informou que o documento não é dele.

“Entrei em contato com alguns membros do Ministério Público e eles negaram a autenticação, veracidade desse documento. Entrei em contato com Riva para saber se era verdade e ele também disse que não existe esse documento por parte dele. Estamos vivendo essa onda de notícias falsas, fakes, então é prudente aguardar para fazer qualquer tipo de comentário. Até que se prove ao contrário, esse documento é falso”, opinou o presidente da Casa.